Bonecos “reborn adultos” ganham espaço no mercado e nas redes sociais com versões hiper-realistas e preços elevados

Reprodução Redes Sociais

Bonecos hiper-realistas, conhecidos como “reborns adultos”, têm chamado atenção nas redes sociais por sua semelhança com seres humanos e por sua utilização voltada ao público adulto. Produzidos com materiais como silicone de grau médico e estruturas metálicas articuladas, esses bonecos sexuais em tamanho real podem atingir valores superiores a R$ 50 mil, dependendo do nível de personalização.

O termo “reborn” era tradicionalmente associado a bonecos infantis que simulam bebês, mas ganhou uma nova conotação com o surgimento das versões adultas. Vídeos no Instagram popularizaram modelos femininos apelidados de “namoradas reborn”, caracterizados por expressões detalhadas, roupas sensuais e traços realistas. As postagens geraram debates entre usuários, que discutem os limites éticos, psicológicos e comerciais da tecnologia.

Alguns comentários questionam o impacto social desses produtos. “Acho boneca sexual algo muito estranho e perturbador”, escreveu um internauta. Outros lembram que esse tipo de tecnologia já é comum em alguns países asiáticos.

Uma das principais fabricantes do setor é a empresa norte-americana Abyss Creations, responsável pela linha RealDoll, ativa desde 1996. Os bonecos da marca oferecem diversas opções de personalização, como cor da pele, tipo de cabelo, presença de pelos corporais e olhos de vidro. O modelo feminino pode custar até US$ 8.999,99 (cerca de R$ 50 mil), enquanto a versão masculina, chamada Nate 3.0, é vendida por US$ 7.999,99 (aproximadamente R$ 45 mil).

O Nate 3.0 apresenta características anatômicas específicas, como pênis removível, boca com 18 centímetros de profundidade e múltiplas possibilidades de personalização facial. Assim como os modelos femininos, cada unidade é produzida sob encomenda.

A expansão do mercado de “reborns adultos” evidencia a crescente demanda por produtos que unem tecnologia, realismo e interatividade, mas também levanta questões sobre o papel dessas criações na sociedade contemporânea.