Bruna Alexandre: quem é a atleta de SC que é a 1ª disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos

Foto: Fabio Chey/CPB/Divulgação/ND

Faltando sete dias para o início oficial dos Jogos Olímpicos e pouco mais de um mês para as Paralimpíadas, a mesatenista de Criciúma, Bruna Alexandre, prepara-se para embarcar rumo a Paris. A catarinense é a primeira atleta com deficiência a representar o país nas duas competições.

Aos seis meses de vida, por consequência de uma trombose, ocasionada por uma injeção mal aplicada, a tenista passou pela amputação do braço direito. Foi aos 12 anos que Bruna conheceu o mundo do tênis de mesa, influenciada pelo irmão.

“Quando meus pais ainda choravam a perda do meu braço, ainda bebê, ouviram que um dia ainda os daria muito orgulho, e poder compartilhar este feito [ir para as Olimpíadas] com eles me faz lembrar que os sonhos de Deus jamais irão morrer, porque é em cenários de perda que Ele faz nascer vencedores. Obrigada por tanto, Deus!”, comemorou.

Porém, até 2009, com 14 anos, a jovem só competia em torneios para atletas sem deficiência. Em 2022, no Mundial da Espanha, ela foi ouro nas duplas e bronze no individual. Entre as outras conquistas, a atleta também foi prata no individual e bronze por equipes nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, bronze no individual e por duplas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e, por fim, bronze no individual e por equipes no Mundial da China 2014.

Agora, em 2024, a mesatenista se tornou a primeira atleta paralímpica brasileira a ser convocada para uma edição dos Jogos Olímpicos. Ela também disputará os Jogos Paralímpicos. “Entre todos os anos que tenho vivido, este dia marcará minha trajetória para todo o sempre”, escreveu, na época em que recebeu a convocação.

Bruna Alexandre ficará 49 dias na França

Com a conquista, Bruna deve ficar 49 dias em solo europeu, sendo que deve chegar a Paris na próxima segunda-feira (22). Após aterrissar na capital francesa, ela se juntará à delegação brasileira na Vila Olímpica

A primeira partida de Bruna Alexandre está prevista ainda para o mês de julho, no dia 27 e, depois de participar das olimpíadas de 2024, deve ir para a cidade de Troyes, no dia 9 de agosto, disputar os jogos paralímpicos, até o encerramento, em 8 de setembro.

“Vou atrás da medalha de ouro individual e nas duplas mistas e femininas. Sei que terei todo o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro e da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa para atingir meus objetivos”, disse, em entrevista ao Comitê Paralímpico Brasileiro.

“Todo esse sacrifício, de ficar mais de um mês em uma rotina de alto rendimento, valerá a pena. Não terei tempo para passear. Vão ser mais de quarenta dias treinando, comendo de forma regrada e priorizando o descanso quando necessário”, finalizou a mesatenista, ao CPB.