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Câmara aceita denúncia, mas rejeita afastamento de prefeito

Apreciação do pedido foi realizada na sessão desta terça-feira, dia 29. Prefeito Sadi Bonamigo permanece no cargo

Última atualização: 2017/08/30 10:58:55

Descanso

Sessão foi acompanhada pelo plenário lotado Foto: Fernando Biesdorf/NR

A Câmara de Vereadores de Descanso aceitou a denúncia, mas rejeitou o afastamento do prefeito de Descanso, Sadi Bonamigo (PT), no caso da investigação do Ministério Público (MP) sobre o caso de compra de sêmen bovino por parte da Prefeitura no início deste ano. Uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) foi criada para apurar o caso. O presidente da CEI, Marcio Bortoloto, após o trabalho de oitiva de testemunhas e análise do processo do MP, protocolou no Legislativo um pedido de afastamento do prefeito.

O pedido de afastamento seria votado no dia 8 de agosto, mas os vereadores Marcos Baldo e Volmir Adelar Casagrande, ambos do PSDB, pediram mais prazo para a análise, pedido atendido por unanimidade pelos demais legisladores. Com isso, o presidente da Câmara, Vlademir Oro (PMDB), indicou a apreciação da matéria para a próxima quarta-feira, dia 16, data posteriormente adiada para terça-feira, dia 29.

Apesar do prefeito Sadi Bonamigo não ser réu no processo do MP, o vereador Marcio Bortoloto entende que o chefe do Poder Executivo foi negligente e omisso no processo licitatório. Na apreciação do pedido, os vereadores aceitaram a denúncia com votos favoráveis de Cleuza Mazzardo (PSD), Jhoni Zortéa (PMDB), Marcos Baldo (PSDB), Juliano Kásper (PR), Denilso Vicentin (PR), Volmir Casagrande (PSDB) e Vlademir Oro (PMDB). Apenas votaram contra o recebimento da denúncia os vereadores Edenilson Slaviero (PT) e Mário Pissaia (PT). Por ser autor da denúncia, o vereador Marcio Bortoloto não pode votar e se afasto do cargo, assumido por Cleuza Mazzardo.

Apesar de aceitarem a denúncia, os vereadores rejeitaram o pedido de afastamento por maioria de votos. Cleuza Mazzardo, Jhoni Zortéa, Juliano Kásper, Denilso Vicentin e Vlademir Oro votaram favoráveis, enquanto que Volmir Casagrande, Marcos Baldo, Edenilson Slaviero e Mário Pissaia foram contrários. Como os votos favoráveis não atingiram a maioria absoluta de dois terços (6 votos), o prefeito se mantém no cargo.

Após a aceitação da denúncia foi formada uma comissão processante com três vereadores sorteados: Marcos Baldo, Mário Pissaia e Jhoni Zortéa. Entre os trabalhos, a comissão será responsável por fazer a análise da denúncia e das provas apresentadas pelo denunciante, além de poder colher novas provas se for o caso, intimar o denunciado a apresentar defesa e ouvir outras testemunhas. A comissão tem prazo de 90 dias para desenvolver os trabalhos.

Sessão foi acompanhada pelo plenário lotado Foto: Fernando Biesdorf/NR

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