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Câmara cria comissão para investigar supostas fraudes em licitação

Comissão Especial de Inquérito foi criada neste mês na Câmara de Vereadores de Descanso para apurar suspeita de fraude em licitação para compra de sêmen por parte da prefeitura de Descanso

Última atualização: 2017/06/23 9:34:06

DescansoFoi criada na Câmara de Vereadores de Descanso, uma Comissão Especial de Inquérito para apurar a suspeita de fraude na licitação para compra de sêmen por parte da prefeitura de Descanso no ano de 2017. O caso está sob investigação do Ministério Público Estadual através da Promotoria da Comarca de Descanso, que instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar as supostas fraudes.Vereador e presidente da Comissão Especial de Inquérito, Marcio Bortoloto Foto: Marcelo BothO processo corre em segredo de justiça. Um empresário chegou a ser preso e a Promotoria afirma ter provas do envolvimento de servidores públicos no caso. Interceptações telefônicas e depoimentos dão sustentação às acusações da Promotoria. Segundo o MP, há provas de que houve superfaturamento nas licitações. Conforme o promotor Renato Maia De Faria, o preço de compra do sêmen pela empresa era de R$ 8,00 cada dose, sendo vendido ao município de Descanso por R$ 29,90. Ainda segundo a Promotoria, o mesmo sêmen adquirido em Descanso chegou a ser comprado a R$ 5,00 por outros municípios da região.O requerimento para instauração da Comissão Especial de Inquérito foi apresentado pelos quatro vereadores de oposição e aprovada pelos demais vereadores da casa por unanimidade. A comissão é presidida por Marcio Bortoloto (PSD), tendo como relator Juliano Kasper (PR) e Edenilson Slaviero (PT), da base de governo, como membro.De acordo com Bortoloto, o primeiro passo foi emitir um ofício ao judiciário pedindo uma cópia do processo em questão. Posterior, os envolvidos no processo devem ser chamados para serem ouvidos na Câmara. Segundo o presidente, todos os atos da comissão serão realizados com muita transparência e seriedade. “Estamos aqui para fiscalizar. A questão é não julgar ninguém, a questão é de trabalharmos de forma imparcial, sem olhar lado político partidário. Que se esclareçam os fatos e, se houver culpados, que eles apareçam. Foi uma notícia que repercutiu em toda a região de forma negativa. Esperamos que não tenha problema nenhum, mas é nosso papel fiscalizar. A população tem cobrado muito isso e é nosso dever fiscalizar e dar uma resposta”, comenta.De acordo com Bortoloto, a ideia é auxiliar o Ministério Público na investigação. Ele acrescenta que, caso sejam comprovadas irregularidades, a comissão poderá pedir o afastamento dos envolvidos das funções. “Vamos fazer um trabalho sério, que vai ter um parecer final. O nosso regimento permite, se houver irregularidade, pedir afastamento de funcionário, prefeito, enfim, o que o regimento prevê”, afirma. A Comissão tem prazo de 60 dias para desenvolver os trabalhos, podendo ser renovados por mais 60 dias.
Vereador e presidente da Comissão Especial de Inquérito, Marcio Bortoloto Foto: Marcelo Both

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