Segundo o capitão Alciones Pulga, a PM tem dificuldade em conseguir coibir esse tipo de ocorrências em vias públicas. Ele falou também sobre a lei que trata da proibição do consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas
Na semana passada a TV GC registrou a reclamação das proprietárias de uma floricultura localizada no centro de São Miguel do Oeste, sobre atos de vandalismo e lixo deixado em frente ao estabelecimento comercial por pessoas que se reúnem no local para beber. A reportagem do Jornal Gazeta conversou com o capitão da Polícia Militar de São Miguel do Oeste, Alciones Pulga, que relatou sobre as ações da PM em ocorrências. Ele relata que a PM tem tentado evitar que e esse tipo de ilícito aconteça, mas esbarra na falta de regulamentação de uma legislação que consiga fornecer às guarnições maior efetividade no combate. “A gente solicita e pede aos proprietários de estabelecimentos que tentem regulamentar essa situação em suas áreas, e havendo essa perturbação, enfim, essas aglomerações de pessoas, que eles busquem ligar para o 190, para que as guarnições possam ir lá e fazer o atendimento antes que esses indivíduos deixem os locais, e principalmente, esses ambientes sujos”, comenta.
Com relação propriamente aos objetos deixados nos locais, o capitão explica que só é possível fazer a autuação de trânsito quando os policiais conseguem constatar algum motorista ou condutor lançando os objetos para fora do seu veículo ou se lá estiver estacionado e também deixar esses locais sujos. “É claro que isso é difícil de constatação porque, como as guarnições são caracterizadas, já logo com a sua presença, é difícil de constatar na prática. Mas é possível sim, caso as pessoas se sentirem incomodadas de que eles façam contato via 190 para que a gente possa fazer o atendimento”, frisa.
Questionado se é possível a polícia fazer rondas mais frequentes nesses locais, o capitão relata que, na medida do possível, são feitas, mas que a polícia tem outras serviços a desempenhar também. “A gente não busca somente a prevenção desses locais, a gente tem diversos bairros, inclusive com situações de furtos e demais ocorrências, que as guarnições também tem prioridade de fazer atendimento. A gente não pode destinar que as guarnições de serviço permaneçam somente nesses locais, então a gente tem uma grande demanda. Mas repito, na medida do possível a gente está fazendo essas rondas e quando houver essas situações, principalmente de perturbação, faça a ligação para o 190 para que a gente possa realizar atendimento”, explica.
Proibição do consumo de bebidas alcoólicas nas ruas
No ano passado foi aprovada e sancionada uma lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas. A proposta é do vereador Vagner Passos. Questionado porque a lei ainda não foi adotada efetivamente, o PM explica que é preciso regulamentá-la antes. “Ela não foi ainda regulamentada, ou seja, é uma lei que não traz nenhuma sansão. Então, também carece de efetividade as guarnições irem para as ruas e de fato, constatando uma prática dessas, tomar alguma medida com relação a isso, porque ela não traz nenhuma sansão. E foi um convenio firmado entre a Prefeitura municipal e a Polícia Militar e essa lei foi então, encaminhada ao comando geral da Policia Militar, para que seja assinado o convenio, os termos desse convenio, ou não. Então, a gente está aguardando esse tramite burocrático ainda do comando geral assinar isso e com o retorno dessa assinatura pelo comando geral, a gente vai adotar as medidas de fiscalização efetivamente, não que no momento não se esteja fazendo mas como eu disse, a lei não traz nenhuma sansão, então embora as guarnições estejam na rua fazendo o patrulhamento preventivo e no caso de constatar tentando até fazer abordagens dessas pessoas em via pública, eu repito, a lei não traz nenhuma sansão, então carece de efetividade essa lei”, conclui.
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