O menino contou à PM que apanhava e que chegava a comer as fezes por não ter nada para se alimentar; caso ocorreu na região de Campinas, interior de São Paulo
A Polícia Militar resgatou, neste sábado (30), uma criança
de 11 anos que estava nua e acorrentada dentro de um barril em Jardim Itatiaia,
na região de Campinas, interior de São Paulo. Os autores do crime, um casal e
uma jovem de 22 anos, foram presos.
Segundo os agentes, foi constatado que o menino era mantido
nu, acorrentado pelas mãos e pés em um tambor de ferro exposto ao sol. O local
era coberto por uma telha do tipo brasilit e com uma pia de mármore por cima,
para impedir a saída do garoto.
Os policiais foram chamados após denúncias de vizinhos a
casa, que disseram que há meses a criança era mantida em situações de
maus-tratos. No local onde a criança foi encontrada, a equipe achou uma grande
quantidade de fezes e um forte odor de urina.
Segundo a PM, os responsáveis pela criança não são seus pais
biológicos, porém eles têm a guarda oficial do menor. Em depoimento, o garoto,
encontrado em situação de desnutrição, afirmou que não comia nada há três dias
e era mantido naquela situação frequente no barril desde que completou 10 anos.
Os policiais tiveram que usar uma ferramenta de corte para
tirar as correntes e os cadeados que prendiam a criança ao barril. Os
responsáveis legais do menino receberam voz de prisão em flagrante.
O menino contou que apanhava, e que quando tomava banho era
de mangueira e chegava a comer as fezes por não ter nada para se alimentar. Os
próprios policiais militares responsáveis pela ocorrência ficaram emocionados.
Segundo o policial, o homem responsável pela criança afirmou
que não era pai biológico e que pegou o menino para cuidar há alguns anos. Além
do casal, uma jovem de 22 anos, que disse ser meia-irmã do menino, também foi
detida.
O Samu foi acionado e o menino foi encaminhado ao Hospital Ouro Verde, onde está internado. Após sair do hospital a criança deve ser encaminhada para o serviço de assistencial social do município.
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