Toda semana ocorre de algum membro conjugal contatar aqui no consultório (o meio preferido é pelo aplicativo WhatsApp) para agendar um atendimento. E em algumas oportunidades, logo em seguida, solicita a transferência para outra data e/ou cancela. Em geral justifica ser a resistência do cônjuge para o tratamento, ou então, que irão se separar por isso não virão à terapia. Passado algum tempo, contatam novamente e reagendam, muitas vezes permaneceram separados por um período. Certamente, na grande maioria dos casos, a busca por ajuda foi uma ação procrastinada por anos, mesmo que ambos percebessem a grande dificuldade para se comunicarem. Há casos de casais que já entraram em contato para ajuda já estando em uma nova relação, pois não havia aceitado ajuda para o primeiro casamento. Também existem aqueles que solicitam uma “terapia do divórcio” para poderem lidar com o momento da separação; a conversa sobre a partilha de bens e, principalmente, a manutenção sem prejuízos, da relação com o (s) filho (s). Há tantas situações quanto a vossa reflexão nesse momento!
Separar e voltar a todo momento, assim como ficar ameaçando, não é a melhor solução, é preciso ter cuidado com esse comportamento, principalmente para aqueles que mantém esse padrão de funcionalidade. É adoecedor!
Se o propósito do casamento é ficar juntos, porque ocorrem tantas inabilidades de lidar com as diferenças?
Que fases são essas, que muitas vezes são tão intransponíveis?
A Terapeuta Familiar, Cláudia Morais descreveu cinco cenários possíveis para as relações, a medida em que o tempo passa, que promovem a saúde ou a doença da relação. Achei interessante e resolvi descrevê-las aqui.
São:
1. Os laços fortalecem-se e às duas pessoas sentem-se genuinamente felizes;
2. A relação deixa de ser uma fonte de segurança e bem-estar, mas os membros do casal optam por fechar os olhos aos problemas. Alguns mantêm-se assim (insatisfeitos) o resto da vida;
3. Há pelo menos um dos membros do casal que se sente infeliz e a relação termina. Cada um segue a sua vida;
4. Há pelo menos um que se sente infeliz, a relação termina e algum tempo depois o casal, reata e consegue ultrapassar os problemas;
5. Há pelo menos um que se sente infeliz, a relação termina, há uma reconciliação e ao fim de algum tempo há uma nova separação… o círculo pode repetir-se várias vezes.
Qual é o seu padrão?
Deveria buscar uma ajuda (para ser feliz)?
Você realmente assumiu a vida conjugal como um propósito dentro do seu projeto pessoal?
Esteja mais disposto a amar e ser amado!
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