Veterinário da CIDASC destaca a importância dos cuidados preventivos contra a raiva em bovinos.
Fonte: Rádio Progresso 89,5 FM
Última atualização: 2024/03/12 5:42:27Foto: Ascom / CIDASC
O Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (CIDASC) emitiu um comunicado confirmando a detecção de um caso de raiva em bovino na localidade de Pedra Fina, próximo à divisa com Itaiópolis, em Mafra. A raiva, uma zoonose fatal sem tratamento conhecido, levou à adoção imediata de medidas preventivas na região.
Após orientação de um médico veterinário que atendeu a propriedade, o produtor notificou a CIDASC sobre o caso. Com a morte do animal, uma equipe da companhia coletou amostras para análise laboratorial. O trabalho está sendo conduzido em colaboração com a Vigilância Epidemiológica Municipal e a Secretaria Estadual/Municipal de Saúde.
O proprietário foi instruído a vacinar imediatamente todos os seus bovinos, assim como será feito um trabalho de orientação porta a porta na vizinhança e propriedades mapeadas em um raio de 2 km. Paralelamente, a Vigilância Epidemiológica Municipal está realizando um levantamento da população de cães e gatos em um raio de 300 metros do foco para a vacinação desses animais.
Para esclarecer a população agrícola da região Oeste Catarinense sobre a doença e seus riscos, a Progresso FM entrevistou Lucas André Kuiava, Coordenador da Pecuária do Departamento Regional de São Miguel do Oeste e Médico Veterinário da CIDASC. Kuiava destacou que a raiva pode afetar todos os mamíferos, incluindo humanos, e que os principais sintomas em bovinos são neurológicos, manifestados por isolamento voluntário do rebanho, apatia, perda de apetite e sensibilidade na região de mordedura, seguidos por salivação abundante, dificuldade para engolir, movimentos desordenados na cabeça e contrações musculares involuntárias, culminando em dificuldade respiratória, asfixia e morte, geralmente entre 3 e 6 dias após o início dos sintomas.
O coordenador ressaltou a importância dos produtores estarem atentos aos sinais clínicos em seus animais, lembrando que a raiva pode ser transmitida por morcegos hematófagos. Ele instruiu que, caso os produtores observem sinais de ataque de morcegos, como feridas de mordida nos animais, devem comunicar imediatamente a CIDASC.
“Em caso de suspeita de raiva em bovinos, a CIDASC realiza a coleta de material no local para análise laboratorial. Se confirmado o foco da doença, medidas como vacinação do rebanho, identificação de possíveis abrigos de morcegos e estabelecimento de uma área de perímetro de segurança são adotadas”, salienta.
Lucas enfatizou que a vacinação do rebanho contra a raiva e a comunicação de possíveis abrigos de morcegos são medidas preventivas essenciais. Ele lembrou que casos de mordedura de morcegos e sinais neurológicos nos animais devem ser comunicados à CIDASC para investigação.
Por fim, o coordenador conclamou a colaboração de todos os envolvidos na prevenção da propagação da raiva em Santa Catarina, destacando a importância de se evitar o contato com morcegos suspeitos e a pronta comunicação à CIDASC para garantir a segurança dos animais e da comunidade local.
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