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Casos de “clonagem” de WhatsApp preocupam autoridades

Em Descanso, casos de estelionato são os mais registrados. Mesmo com os recursos utilizados pela Polícia Civil, a recuperação do dinheiro é muito difícil

Última atualização: 2019/04/30 7:22:38

Delegado Cléverson Muller em entrevista à TVGC Foto:Divulgação/TVGC


Na última semana a Polícia Civil foi comunicada da “clonagem” de duas contas do aplicativo de mensagens instantâneas Whatsapp, ocorridas nas cidades de Belmonte e Itapiranga. O delegado da Polícia Civil da Comarca de Descanso, Cléverson Luis Muller, afirma que na verdade não se trata de clonagem do aplicativo, pois ele não pode ser habilitado em dois aparelhos simultaneamente. “Falamos “clonagem” erroneamente, pois o que ocorre é a habilitação do número da vítima no celular do estelionatário. A vítima fornece, sem perceber que está caindo em um golpe, o código de seis números para a habilitação do aplicativo em outro aparelho, por meio de SMS. Após a ativação no novo aparelho, o autor cadastra uma senha PIN no aplicativo, impossibilitando a vítima reativar a conta em seu próprio aparelho. Assim, o criminoso utiliza contatos dos grupos para solicitar depósitos e transferências bancárias, utilizando o número e fotografia da vítima”, explica o delegado.

Muller destaca que em Itapiranga, o caso foi um pouco diferente, aconteceu quando a vítima se cadastrou em sites de compra e venda. “Nesse caso a vítima acaba deixando seus números para contato dos interessados no site de compra e venda, mas minutos após as postagens, os estelionatários que estão monitorando os sites, ligaram para as vítimas dizendo que um código seria enviado ao celular delas e, para que se confirmassem as postagens nos sites, precisariam repassar tais códigos que, na verdade, eram necessários a habilitação do Whatsapp no celular dos criminosos”, ressaltou.

O delegado frisa que a Polícia Civil está repassando duas orientações para evitar o golpe. “O golpe pode ser evitado, primeiro, não repassando qualquer código recebido. Segundo, ativando a verificação em duas etapas no próprio aplicativo Whatsapp, quando o usuário insere uma senha (PIN) de seis dígitos. Este procedimento vai exigir do criminoso a digitação correta da senha criada, dificultando a concretização da instalação”, orienta.

Muller argumenta que o número de casos de estelionato na região é grade. “A região tem registrado dezenas de golpes e com vítimas de várias idades, praticados por telefone, aplicativos de celular, pessoalmente ou internet, fatos que já causaram sérios prejuízos financeiros e, infelizmente, mesmo com a identificação de alguns dos autores, a recuperação dos valores é muito difícil. Aqui na comarca de Descanso a maioria dos boletins de ocorrência registrados nos últimos anos tem relação com estelionato, sejam de falsos curandeiros ou golpes aplicados por telefone. A população deve ficar alerta e acionar a polícia caso seja vítima ou receba ofertas fora da realidade de mercado”, finaliza o delegado.


Delegado Cléverson Muller em entrevista à TVGC Foto:Divulgação/TVGC

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