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Casos de febre amarela em humanos acendem alerta sobre perigos da doença em SC

Estado registrou os dois primeiros casos do ano no país e teve 187 macacos mortos somente no primeiro mês de 2020

Última atualização: 2020/02/06 5:28:28


Estado teve dois casos de febre amarela em humanos em 2020(Foto: Tiago Ghizoni, arquivo DC)


A confirmação do segundo caso do ano de febre amarela em humanos em Santa Catarina e a morte de 187 macacos somente no mês de janeiro acendem um alerta importante sobre os perigos da doença e a importância da vacinação.


Em 2019, Santa Catarina registrou dois casos da doença, e nas duas situações os pacientes morreram. Neste ano, em apenas um mês, outros dois pacientes já tiveram a confirmação da doença. O caso mais recente foi confirmado na segunda-feira e envolve um homem de 40 anos, morador de Jaraguá do Sul, no Norte de SC. Ele está internado no Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, referência em infectologia no Estado.


Outro caso da doença acomete um homem de 47 anos, morador de São Bento do Sul, também na região Norte de SC. Ele está internado na mesma unidade hospitalar. Os dados são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC).


SC tem 187 mortes de macacos em um mês

Além dos casos da febre amarela em humanos, a doença também preocupa quando atinge macacos. Os primatas são os primeiros a sentirem a presença do vírus que transmite a febre amarela quando ele está presente em alguma região.


Em Santa Catarina, somente no mês de janeiro deste ano 187 macacos morreram, tendo como principal suspeita a febre amarela. Dois casos já tiveram a confirmação da causa como febre amarela – foram macacos encontrados em Blumenau e Pomerode.


O número é oito vezes maior do que o registrado no mês de janeiro de 2019, quando houve 23 mortes de primatas – quatro foram indeterminadas e as demais descartadas do quadro de febre amarela.


Em apenas um mês, o número de macacos mortos também equivale a metade dos casos de primatas mortos contabilizados ao longo de todo o ano de 2019.


Outros 60 casos de macacos mortos ou adoecidos ainda estão em investigação. Um dos casos foi descartado e outros 124 não tiveram a causa da morte determinada por conta do avançado estado de decomposição dos animais encontrados.


Em todo o ano de 2019, nove mortes de macacos tiveram a febre amarela como causa confirmada por exames. 


Os principais sintomas da febre amarela são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. 


Em casos graves, a doença provoca complicações como febre alta, coloração amarelada da pele e da parte branca dos olhos, hemorragia, e até choque e insuficiência de múltiplos órgãos.


Segundo o Ministério da Saúde, de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer. Por isso, é importante procurar ajuda médica assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas.


Macaco não transmite a febre amarela

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) alerta para o fato de que o macaco não transmite a febre amarela – pelo contrário, é um aliado na luta para prevenir a doença, já que os primatas costumam ser os primeiros a serem impactados com a circulação do vírus em uma região. A febre amarela é transmitida por mosquitos que habitam em áreas de mata.


A única forma de prevenção à febre amarela é a vacina. Segundo o último relatório da Dive-SC, o Estado tinha até a última semana de janeiro 83,83% de cobertura vacinal. O recomendado pelo Ministério da Saúde é de percentuais acima de 95%.


Febre amarela em humanos | Janeiro de 2020

2 casos (moradores de São Bento do Sul e Jaraguá do Sul, ambos seguem internados no hospital Nereu Ramos, em Florianópolis)


Febre amarela em macacos | Janeiro de 2020

187 macacos mortos


2 casos confirmados de febre amarela (Pomerode e Blumenau)


60 em investigação 


1 caso descartado para febre amarela


124 sem coleta de amostra pelo avançado estado de decomposição


Vacinação

83,83% de cobertura


Fonte: Diretoria de Vigilância Sanitária (Dive-SC)

Estado teve dois casos de febre amarela em humanos em 2020(Foto: Tiago Ghizoni, arquivo DC)

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