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CENSO AGROPECUÁRIO NA RETA FINAL

Última atualização: 2018/02/23 11:43:04

Após uma década sem ser realizado, o Censo Agropecuário foi concluído na região de São Miguel do Oeste. O trabalho dos recenseadores foi retomado em outubro do ano passado com o objetivo de coletar dados sobre agricultura, extração vegetal, silvicultura, criação de animais de grande e pequeno porte, aquicultura, criação de abelhas, bicho-da-seda, beneficiamento e a transformação de produtos agropecuários.

De acordo com o coordenador de subárea do Censo em São Miguel do Oeste, Cláudio Radtke Júnior, 19 municípios foram abrangidos na regional. O trabalho, segundo ele, ocorreu de forma tranquila e os recenseadores foram bem recebidos nas propriedades rurais. Mais de 10 mil estabelecimentos foram visitados.

“De uma forma geral fomos muito bem recebidos pelos produtores. Chegamos muito próximos de 13 mil estabelecimentos agropecuários nesses 19 municípios”, explica.

O prazo legal para a entrega dos dados é o mês de fevereiro, mas na regional, o trabalho terminou bem antes do prazo. Radke Junior salienta que ainda há um prazo para verificação de pendências e destaca que os primeiros dados devem ser divulgados logo após encerrado o Censo.

“O Senso vai mostrar a força que o produtor agropecuário tem, é um setor que tem muita importância. Algumas informações vão sair ainda no ano de 2018, porque são mais simples de serem tabuladas e outras em 2019”, menciona.

O coordenador de subárea do Censo salienta que é possível perceber que em 10 anos o setor mudou e evoluiu. Conforme ele, muito se deve à tecnologia implantada no campo. 

“O setor é bastante dinâmico, percebemos que hoje a tecnologia interfere muito no rendimento da produção. Valores que há 10 anos eram inatingíveis, hoje são corriqueiros em termos de rendimento por hectare de produção. É um setor dinâmico, inclusive nas culturas, na forma de produção, que mudou bastante. É isso que o Senso pretende retratar”, finaliza.


PRODUÇÃO DE MARACUJÁ ORGÂNICO


A região vem se destacando na produção de hortifrúti, ou seja, produção de hortaliças e de frutas de diversas espécies com destaque para o repolho, alface, pimentão, cenoura, beterraba, batata doce, moranga cabotiá, morango, laranja, tangerinas, bergamotas, uva, figo, pêssego e recentemente o maracujá tem despertado interesse de alguns produtores.

Um exemplo vem do município de Bandeirante no extremo oeste catarinense, onde este ano a família Bazi está na expectativa da produção de maracujá que já apresenta os primeiros frutos e flores que embelezam a plantação. A propriedade orgânica e equilibrada da família conta inclusive com o apoio da natureza. 

A relação planta e natureza são evidentes, pois quando não há uso de agrotóxicos o equilíbrio da natureza é evidente e a biodiversidade acontece normalmente. Um exemplo é a presença de abelhas e mamangavas que ajudam na polinização do nos parreirais de maracujá, que de flor em flor cumpre sua importante função na polinização. A abelha faz esse trabalho, e desta forma o homem não precisa interferir e fazer a polinização manualmente.

Ainda em fase de teste a produção do maracujá das variedades SCS Catarina, Gigante Amarelo (BRS GA) e o roxo BRS RC e deve resultar em 15 quilos de fruta por planta, no total foram plantadas em torno de mil plantas. Estas foram transplantadas em setembro de 2017 e neste mês de fevereiro já será feita a primeira colheita.

Conforme a família Bazi da Linha Reno em Bandeirante comenta que é possível colher muito mais que isso, mas é preciso adiantar ao máximo e iniciar a colheita em dezembro, aí é possível colher até 40 quilos por planta, calcula. As frutas da propriedade da família Bazi são vendidas nos grandes mercados de São Miguel do Oeste, Chapecó, para o Oeste do Paraná e futuramente atingir o mercado do litoral Catarinense.

A família Bazi é uma das poucas da região que buscaram produzir o fruto e a escolha pelo maracujá segundo Claudinei Bazi há indicação de clima favorável além de não haver outros produtores. Ele salienta que o conhecimento que buscou e o apoio da Epagri de seu município foram importantes para que o trabalho e a produção de frutas orgânicas se tornassem realidade. 


PROPRIEDADE COM CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA 

A propriedade da família Bazi, está localizada na Linha Reno no município de Bandeirante no Extremo Oeste catarinense, é possível sentir no ar o aroma doce das frutas que lá são produzidas. Logo na entrada da propriedade, uma espécie de parreiral, com alguns frutos e lindas flores que só se exibem com a chegada do sol.

A família Bazi há pelo menos sete anos optou pela fruticultura, produzindo tomate, morango, melão e agora o maracujá, tudo de forma orgânica, ou seja, sem o uso de agrotóxicos.

Já são sete anos que a família iniciou a atividade de horticultura (olericultura e fruticultura) e sempre teve a intenção de produzir de forma orgânica. No ano passado conquistaram a Certificação de Propriedade Orgânica. Atualmente produzem morango, melão e maracujá.

A intenção da família é aumentar a variedade de frutas. Para conquistar o Certificado de Orgânicos, a propriedade da família Bazi passou por uma auditoria e no mês de agosto de 2017 conquistaram a certificação.

A família está no caminho certo, aproveitando o nicho de mercado dos orgânicos que crescem em passos largos a cada ano que passa. A procura por produtos saudáveis como os orgânicos já é uma realidade e a tendência é que cresça cada vez mais. 


FESTA DAS SEMENTES DEVERÁ RECEBER GRANDE PÚBLICO 


O município de Anchieta no extremo oeste catarinense vai realizar a 6º Festa Nacional de Sementes Crioulas nos dias 16 a 18 de março de 2018 com ampla programação.

Paralelamente a festa das sementes, acontece a 12º Expo Anchieta, a qual terá sua abertura no dia 16/03/18 com reunião da Ameosc e após palestra sobre Desenvolvimento local com qualidade de vida.

Já no sábado inicia a oficialmente a 6º Festa Nacional de Sementes Crioulas com diversas palestras, oficinas temáticas, debates e exposição de sementes e outros produtos provenientes da agricultura familiar e camponesa.

Além da parte da construção do conhecimento com diversos temas ligados a agroecologia e o resgate sociocultural das sementes, também vai acontecer shows artísticos, culinária diversificada com a valorização da cultura local, exposição do potencial da indústria, comércio e agropecuário de Anchieta.

Portanto fica o convite e agende-se para participar desta Expo Anchieta e a Feira Nacional das Sementes Crioulas em Anchieta nos dias 16 a 18 de março de 2018.


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