Chef de cozinha transforma culinária em aula prática de cultura e conhecimento
Atividade realizada pela chefe de cozinha Veba Nakano, em parceria com o Instituto Educacional CVE, reuniu alunos para apresentar como a agregação de culturas contribui para a evolução do ser humano
Última atualização: 2017/10/01 9:17:16
São Miguel do OesteFotos: Marília Maróstica Alberto Curiosidade, interatividade e imersão de cultura através da culinária. Assim foi a manhã dos alunos do Instituto Educacional CVE, na segunda feira, dia 25 de setembro. A iniciativa do evento, já realizado há três anos, partiu da chefe de cozinha, Verena Elizabeth Baccaglini Alarcón de Nakano,a Veba, que atua em São Miguel do Oeste no ramo da culinária delivery. Ela, em contato com a professora Marcianita da Silva, desenvolveram uma atividade anual que se adequa a proposta curricular da escola: aprender na prática.Conforme a diretora do CVE, Clair Bernardi Tomazelli, em avaliação as outras edições ocorridas, ela afirma que o feedback é muito positivo, uma vez que o estudante grava com mais facilidade as informações recebidas e o conhecimento fica mais solidificado. “A prática após a observação, o contato, a degustação, faz com que o aluno tire suas próprias conclusões, sendo autor do próprio pensamento”, destaca. A METODOLODIAFotos: Marília Maróstica Alberto A metodologia do projeto, iniciou em sala de aula, durante a semana do folclore e se estende até a aula prática, onde Veba e sua equipe, trazem informações sobre a cultura de diferentes países e lugares, e utilizam a culinária para exemplificar o conteúdo teórico. Conforme a professora Marcianita, a origem do projeto se deu pelos estudos sobre folclore com uma turma específica, na primeira edição, foi realizada uma feijoada e contada suas origens. Obtendo sucesso, na segunda edição já foi ampliada para todos os estudantes, servindo pratos típicos dos estados do norte do Brasil, como a Amazônia. Veba explica que neste ano, a proposta trabalhada em sala de aula, foi em torno do polêmico tema, apropriação cultural e choques culturais. Por meio da culinária, ela buscou apresentar as crianças e adolescentes que a evolução do ser humano está relacionada à procura de novos conceitos para a valorização de culturas. “A dança, a música, a gastronomia, funcionam como um veículo de integração e não de segregação”, defende.A palestra de abertura, onde foram repassadas informações sobre o que significa apropriação cultural, e como esse assunto tomou conta das redes socais nos últimos tempos, foi realizada pela oceanógrafa e educadora, Keila Nazaré Oliveira Araújo. “É importante conhecer a cultura dos outros estados para entender o mundo que nos cerca.Para a criança, é muito importante que a escola promova debates para o conhecimento de uma forma mais leve dentro de assuntos polêmicos e contraditórios como esses”, afirma. Após a palestra, que teve a interação de todas as crianças presentes, foram servidos os pratos de salgados, como o Strogonoff, e Yakisoba e pratos doces como pudim. “Esse ano trabalhamos coma apropriação cultural, e via gastronomia que é uma via muito democrática, mostramos que na verdade sofremos muito mais a apreciação cultural do que apropriação. Que inserido dentro do contexto do dia a dia do brasileiro, nós já absorvemos muitas outras culturas. Servimos hoje um prato que todos conhecem, que é o strogonoff, e mostramos que ele já teve contribuições da Rússia, Bélgica, França, até chegar no Brasil e virar ‘pizza de strogonoff’, como em São Miguel do Oeste, para mostrar que na culinária não há preconceito, e sim, a contribuição de todas as culturas”, explica Veba.Ela defende essa inserção cultural que acontece na comunidade como um todo e que essa situação de apropriação cultural é desnecessária. “Na verdade a evolução do ser humano está relacionada a isso, e a culinária serve como um veículo de integração e não de segregação”, conclui. Fotos: Marília Maróstica Alberto
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