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Chefe do Hamas declara fim da guerra com Israel e diz ter recebido garantias de cessar-fogo permanente

Expectativa é que todos os reféns vivos sejam libertados até a segunda-feira (13)

G1

Última atualização: 2025/10/09 5:27:05

Khalil Al-Hayya, integrante da alta cúpula do Hamas e principal negociador do grupo, anunciou nesta quinta-feira (9) o fim da guerra com Israel. O dirigente afirmou ter recebido garantias dos Estados Unidos e de mediadores árabes para um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza. O acordo, apresentado no fim de setembro pelo presidente norte-americano Donald Trump, foi formalmente aceito na quarta-feira (8) e ainda aguarda ratificação pelo governo israelense.

A guerra teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas que deixou mais de 1,2 mil mortos em Israel e resultou no sequestro de 251 pessoas. Desde então, as ofensivas israelenses causaram mais de 60 mil mortes em Gaza, segundo fontes ligadas ao grupo palestino.

Pelo plano de paz, o Hamas se compromete a libertar todos os reféns ainda sob seu poder — vivos ou mortos — em até 72 horas, enquanto Israel deve libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. A proposta prevê ainda o recuo gradual das tropas israelenses e o aumento da ajuda humanitária ao território palestino.

Um dos pontos de impasse é a exigência de Israel para que o Hamas deixe o controle político de Gaza e entregue as armas. Representantes do grupo afirmaram que “nenhum palestino aceitará o desarmamento”. A devolução dos corpos de reféns mortos também representa um desafio, já que o Hamas alega não saber o paradeiro de alguns deles.

A Turquia, junto a Egito, Catar, Israel e Estados Unidos, coordena uma força-tarefa para localizar os corpos e garantir a execução do acordo. Trump declarou que todos os reféns deverão ser libertados até segunda-feira (13) e classificou o tratado como “o primeiro passo para a paz duradoura”.

O plano prevê a criação de um governo palestino de transição em Gaza e a desmilitarização completa do território. Embora o anúncio seja considerado um marco diplomático, a implementação das cláusulas depende da aprovação formal de Israel e do cumprimento das condições impostas a ambas as partes — um processo que pode redefinir o futuro político do Oriente Médio.

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