Descoberta foi através de ondas no espaço-tempo, que fez com que detectores se esticassem e contraíssem por um décimo de segundo
CBN
Última atualização: 2025/07/14 4:25:48Cientistas dos Estados Unidos e do Reino Unido anunciaram a detecção da maior fusão de buracos negros já registrada até hoje. O evento cósmico, nomeado GW231123, ocorreu a aproximadamente 10 bilhões de anos-luz da Terra e gerou um buraco negro com cerca de 265 vezes a massa do Sol. A observação foi feita por meio do Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro a Laser (LIGO), utilizando sinais de distorções no espaço-tempo captados em novembro de 2023.
A fusão envolveu dois buracos negros com massas estimadas em 103 e 137 vezes a do Sol, orbitando um ao outro até colidirem violentamente e originarem um novo corpo celeste ainda mais massivo. O fenômeno foi detectado por meio de ondas gravitacionais, pequenas ondulações no tecido do espaço-tempo, registradas por instrumentos de alta sensibilidade capazes de captar variações milhares de vezes menores que a largura de um próton.
A localização do evento foi determinada após os dois detectores norte-americanos do LIGO registrarem uma contração simultânea, indicativo de uma perturbação incomum. A confirmação foi feita com base em uma análise detalhada do sinal, que durou apenas um décimo de segundo, mas revelou dados sem precedentes sobre o comportamento e a origem dos buracos negros.
Segundo o professor Mark Hannam, chefe do Instituto de Exploração Gravitacional da Universidade de Cardiff, “esses são os eventos mais violentos que podemos observar no universo, mas quando os sinais chegam à Terra, são os fenômenos mais fracos que podemos medir”.
A apresentação oficial da descoberta ocorreu neste domingo (13) por meio de uma publicação do grupo responsável pelo monitoramento, e foi detalhada nesta segunda-feira (14) durante a conferência GR-Amaldi, realizada em Glasgow, na Escócia, um dos maiores encontros científicos dedicados ao estudo de ondas gravitacionais.
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