A resolução da Petrobras de divulgar, diariamente, a média de preço dos combustíveis que saem das refinarias fez com que o valor cobrado pela gasolina nos postos chamasse ainda mais a atenção do consumidor
A resolução da Petrobras de divulgar, diariamente, a média de preço dos combustíveis que saem das refinarias fez com que o valor cobrado pela gasolina nos postos chamasse ainda mais a atenção do consumidor. Se, nas refinarias, o custo médio é de R$ 1,51, por que nos postos a gasolina sai por R$ 4,21? A explicação está na composição do preço que tem nos impostos o maior vilão.
A fatia destinada a tributos estaduais (ICMS) e federais (PIS/PASEP, Cofins e CIDE) representa 45% do preço final cobrado do consumidor. Os impostos se tornaram mais pesados em todo o país a partir de julho do ano passado, quando o governo federal decidiu aumentar a alíquota que recai sobre os combustíveis. No caso da gasolina, o aumento foi de R$ 0,4109 por litro. A medida, que resultou na arrecadação de mais R$ 10,4 bilhões, foi tomada para que o governo conseguisse atingir a meta fiscal em 2017. Bem feito aos coxinhas batedores de panelas, embora soframos juntos.
São impostos sobre a cadeia produtiva que caem, inevitavelmente, na cabeça donos de postos de gasolina na hora da venda. O fator tributário faz com que o Brasil tenha a segunda gasolina mais cara entre os 15 maiores produtores de petróleo no mundo.
Outros componentes também afetam o preço final da gasolina para o consumidor. O custo do etanol anidro, por exemplo, tem impacto no valor que aparece nas bombas. Isso porque, por lei, é preciso que a gasolina vendida nos postos tenha 27% de etanol em sua composição. A influência do preço do etanol sobre o da gasolina, entretanto, é a menor entre os componentes que definem o valor do combustível.
Outro elemento, o custo de realização da Petrobras, corresponde a quase 30% do valor final. A política da Petrobrás, entre outros fatores, é responsável pelos altos preços. Desde julho do ano passado, a estatal adotou uma nova prática, com alterações quase diárias nos preços das refinarias. Desde então, o preço nas refinarias aumentou cerca de 18%.
Além disso, a responsabilidade é também das distribuidoras, que repassam com agilidade o aumento nas refinarias, e demoram para fazer os repasses quando baixam os preços.
MAIS UM; MAIS UM; MAIS UM
Em conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o presidente impostor Michel Temer cogitou a criação de um imposto exclusivo para a segurança pública. O encontro aconteceu no Rio de Janeiro, e tinha como objetivo discutir a intervenção federal no estado e a criação do ministério da segurança pública.
A proposta de um novo imposto, entretanto, não obteve apoio de Maia. Segundo ele, o decreto de intervenção impossibilita qualquer proposta de emenda à Constituição. Além disso, o presidente da Câmara diz ser contra o aumento de impostos. O governo que corte ministérios e reduza despesas públicas, disse Maia.
As declarações ocorrem em um momento delicado da relação entre Temer e o Legislativo. Depois da retirada da reforma da Previdência da pauta, Maia deu duras declarações em relação a um novo pacote econômico proposto pela equipe de Temer, afirmando que o pacote cheira a café velho e frio. O presidente do Senado, Eunício Oliveira também fez críticas ao governo, dizendo que não é o Executivo quem determina a agenda do Congresso.
CACIFE COM CURINGAS NA MANGA
A acusação do ex-presidente Lula de que Temer busca se cacifar para as eleições de outubro com a ação de intervenção no Rio dá pistas da motivação de Maia em minar a relação com o Planalto. O deputado do DEM se apresenta como pré-candidato a presidente em outubro e anseia ser o candidato da situação, com apoio do governo. Se Temer decidir concorrer à reeleição, o projeto político do presidente da Câmara pode sofrer um abalo.
MEDAILLON A LA CRÈPE
O acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul está provocando a ira de produtores franceses, que temem uma invasão de carne do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai no país. Os agricultores protestaram em diferentes regiões da França. Segundo estimativas dos pecuaristas franceses, caso o acordo seja realmente fechado, os países da América do Sul vão enviar 70 mil toneladas para o país, inviabilizando os negócios locais.
SEM VINHO FRANCÊS
Se, pelo lado europeu, os agricultores se consideram prejudicados pelo acordo, do lado brasileiro, a resistência se encontra entre os fabricantes de bens industriais, como automóveis, que verão o mercado inundado por carros importados, mais baratos, por não pagarem tributos de importação.
CABIDEIRO CATARINENSE
Este reles colunista de banheiro, como dizia um dos meus desafetos, nunca lamentou tanto a desistência de um chargista, meu amigo Migueloestino, de primeira linha, em publicar suas obras. Quando o fez, foi capaz de provocar alvoroços nas hostes políticas locais, aliás, pródigas em produzir bobagens e fatos inusitados.
Numa de suas últimas publicações, uma obra prima aliás, quando do anúncio da primeira secretaria regional aqui em São Miguel do Oeste, berço e palco para aplausos de todas as bobagens, meu amigo publicou uma charge inesquecível, representando o prédio da secretaria regional com telhado em forma sequencial formado por dezenas de cabides (de emprego, evidentemente)!
O complemento da história é que as inconsequentes secretarias regionais surgiram para atender um desejo do extinto Pedro Ivo campos, que desejava acabar com as Associações de Municípios, e fizera uma tentativa (frustrada) já em 1986.
Com a ascensão de Luiz Henrique da Silveira, seu fiel escudeiro, o plano foi finalmente implementado.
Agora, Eduardo Pinho Moreira, decerto bafejados pelos dois mentores da ideia, resolveu dar um golpe político, extinguindo quinze delas.
Aposto que vai ter gente embarcando no golpe político. É da índole do povo que se deixa iludir por merrecas de emendas parlamentares.
deixe seu comentário