Quando um casal busca por atendimento, diversas são as queixas advindas da forma como se relacionam. É impossível numerá-las, mas em quase todas as dinâmicas aparecem é sobre a forma como se comunicam.
As pessoas idealizam que “um casal feliz” possui muito pouca adversidade no casamento, que ambos se compreendem se completam e “se entendem” muito bem. Ao mesmo tempo em que a maioria afirma que todos os casais discutem!
Na verdade todos os casais possuem diferenças, seja no modo de agir, na cultura, no pensar ou mesmo na forma como cada um pensou que seria a relação. Essas diferenças são minimizadas a partir da existência de uma boa comunicação. Onde ambos reconhecem essas diferenças e aprendem a lidar e respeitar.
Os casais que se comunicam melhor reconhecem e trocam informações de uma maneira clara e verdadeira, oportunizando que maneira mais fácil, possam expressar seus sentimentos e que aquilo que precisam para se sentirem unidos, seguros e felizes.
Uma das coisas que mais amo no atendimento de pessoas (principalmente casais e famílias), é a possibilidade de investigar justamente a qualidade e a diversidade de comunicação existente nas relações. Veja o exemplo do casal, abaixo.
Diálogo de quinta-feira á noite:
Ele – O que vamos fazer para o jantar?
Ela – Vou faz Pão de Queijo.
Ele – Faz aquele bolo de caixinha que compramos sábado.
Ela – Ótima ideia!
Diálogo de sexta-feira pela manhã:
Ela – Quer um pedaço de bolo, amor? (ela queria companhia)
Ele – Não, não tenho fome! (gosta de ficar um pouco sozinho no início da manhã)
Ela – O quê??? Você me mandou fazer bolo ontem! No sábado eu já não queria comprar, você insistiu. Mandou fazer ontem, agora não quer? Vou ter que jogar quase tudo no lixo porque amanhã não estaremos em casa! (depois disso silêncio por 4 horas).
Ele – Eu só não tenho fome, nunca tomei café da manhã! (depois disso, ansiedade e nervosismo).
Pensa você, leitor: será que um talvez eu… Ou um, achei que você… Ou quem sabe um, dê-me um pequeno pedaço ou quem sabe podemos comer após o almoço? … Etc. Não poderia mudar a escalada da irritabilidade, animosidade e ou agressividade?
Muitas vezes não é perceptível, mas em uma pequena discussão existem outras (muitas outras) “coisas” não ditas na relação, antes de um episódio específico que culmina com uma divergência. Precisamos estar atentos e saber fazer nos entender o que precisamos e compreender o que o outro necessita.
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