Programa do governo federal tinha o risco de ter o teto reduzido, o que deveria inviabilizar o programa na região. Lideranças do setor comentaram a decisão de manter o teto até o final de 2018
Região
O Governo Federal confirmou a manutenção do teto do programa Minha Casa, Minha Vida em R$ 145 mil até o final deste ano de 2018. Havia a possibilidade do teto sofrer redução para aproximadamente R$ 100 mil, mas segundo o deputado federal, Celso Maldaner, uma portaria publicada pelo Governo Federal neste início de ano determina a prorrogação do teto do financiamento do principal programa de habitação popular do País.
Para o empresário do setor da construção civil e vice-presidente regional da Fiesc, Astôr Kist, apesar do valor ainda não ser o ideal, a notícia deve ser comemorada em virtude do fomento que representa para o segmento. “O ideal seria em torno de R$ 180 mil. Mas, de qualquer forma, para o setor da construção e para a cadeia produtiva como um todo, é uma oportunidade, uma alavancagem. Porque, com isso, existe apartamentos que cabem nesse orçamento, terrenos e construção menor que cabe. Isso vai dar oportunidade para construtores, para casas de material de construção e para fabricantes de material de construção. Em resumo, vai mexer com toda a cadeia produtiva”, argumenta Kist, ressaltando que o setor da construção representa bom percentual do PIB e gera muitos empregos.
A reportagem do Jornal Gazeta também conversou com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de São Miguel do Oeste, Fernando Toffoli. Segundo ele, o Sindicato vai continuar trabalhando para que haja a garantia de que o teto seja mantido por um período maior do que apenas até o final de 2018, pois a medida ainda não tranquiliza o setor. “Você não projeta e executa um empreendimento, principalmente uma edificação multifamiliar, um prédio, por exemplo, em um ano. Então imagina você trabalhar com essa incerteza, de você lançar o empreendimento, iniciar a construção e ele ficar pronto lá em 2020, 2022 e não ter a certeza que vai se manter esses valores. Essa incerteza tem prejudicado muito nosso setor. Além de outras incertezas jurídicas e políticas que hoje são evidentes no nosso País. Mas, dentro do nosso Sindicato, vamos continuar batalhando e brigando para que isso diminua”, comenta.
De acordo com Toffoli, caso o valor fosse reduzido para R$ 100 mil, inviabilizaria o programa na região. “Inviabiliza porque é difícil você produzir um empreendimento, seja ele unifamiliar ou multifamiliar, para vender, nesse valor. Certamente isso inviabiliza o programa”, comenta.
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