Técnica busca ressignificar padrões familiares e promover equilíbrio emocional
TVGC
Última atualização: 2025/02/12 11:20:47A constelação familiar tem se tornado uma ferramenta cada vez mais utilizada para o autoconhecimento e a ressignificação de padrões comportamentais. Em entrevista, a terapeuta Daniela Menegais explicou como esse método auxilia no desenvolvimento pessoal e na resolução de questões emocionais e familiares.
Segundo Daniela, a constelação familiar não é apenas uma abordagem terapêutica, mas um olhar profundo sobre a relação entre gerações. “Nós somos corpo físico, mente e espírito. Quando falamos da conexão entre mãe, avó e filha, trazemos não só um conceito emocional, mas também uma comprovação científica. O óvulo que deu origem a uma pessoa já existia no útero da avó, conectando três gerações”, explicou a terapeuta.
O método, desenvolvido pelo alemão Bert Hellinger, é baseado na ideia de posicionamento familiar, ou seja, cada membro da família tem um papel essencial. “A mãe tem um lugar de mãe, o pai tem um lugar de pai, e o filho, de filho. Quando há uma inversão, como uma filha assumindo o papel de mãe da própria mãe, isso pode gerar sobrecarga e dificuldades emocionais”, ressaltou Daniela.
A terapeuta também enfatizou que a constelação familiar pode ser uma ferramenta para romper padrões de comportamento que se repetem ao longo das gerações. “Muitas vezes, carregamos crenças e limitações que não são nossas, mas dos nossos antepassados. Quando tomamos consciência disso, temos a oportunidade de transformar a nossa vida”, afirmou.
Sobre a prática da constelação, Daniela explicou que os atendimentos podem ser individuais ou em grupo e que diferentes técnicas são utilizadas. “Eu trabalho com bonecos como âncoras para representar questões familiares. Em atendimentos coletivos, são usadas pessoas para representar os membros da família, o que torna o processo ainda mais intenso e revelador”, disse.
A terapeuta destacou, ainda, a importância do autoconhecimento e da espiritualidade no processo de transformação pessoal. “Quando olhamos para nós mesmos com responsabilidade, entendemos que não se trata de culpar os antepassados, mas de aprender com as experiências e seguir adiante”, concluiu.
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