Muito se fala no comportamento das crianças e adolescentes na atualidade. Às vezes parece que muitos pais e responsáveis perderam suas esperanças, pois apresentam mais críticas do que elogios aos comportamentos da sua prole. As queixas vão desde as birras, a educação, o uso dos eletrônicos, a falta de auxílio nas atividades domésticas ou simplesmente interesse na vida escolar entre outras situações.
Alguns pais encontram-se realmente perdidos na condição de gerir esses comportamentos. Questionam-se cotidianamente: o que fazer? O que não fazer? Como saber se estão ou não no caminho certo? Além disso, há toda uma preocupação com suas próprias atribuições laborais, conquistas materiais, famílias ampliadas… Etc. Não tá fácil ser um adulto responsável!
Felizmente também, há cada vez mais informação disponível, os pais e mães estão cada vez mais curiosos em relação àquilo que possa ajudar a criar crianças mais felizes e equilibradas. A busca por ajuda e a informação podem realmente fazer a diferença na vida dos filhos. Claro que para isso os responsáveis precisam apresentar interesse em investir em tempo para os filhos. Aliás, o tempo é mais que necessário, ele é vital para as relações!
E os adultos? Também têm o direito de fazer birra? Ou quem sabe simplesmente expressar o seu cansaço com algumas coisas e ou situações? Nem sempre sabemos como fazer ou então como expor nossos próprios sentimentos, pois “somos” uma referência considerada “forte” para a nova geração que está em desenvolvimento. Então mais uma questões surgem: Se o adulto cuida das crianças e adolescentes, quem cuida do adulto? Muito embora, saibamos que de modo geral, que as crianças são mais resilientes em relação às pessoas adultas, porém, pela relação de “força e poder” exercido pela autoridade de pai, mãe e ou responsável, evitamos expor nossas dificuldades, fragilidades e até incapacidades.
E qual seria o impacto das birras dos adultos no comportamento e (sobretudo) no bem-estar das crianças?
Às vezes ficamos tão preocupados com a demonstração de autoridade em relação aos filhos e seus comportamentos, que esquecemos que somos pessoas e que talvez não tenhamos todas as habilidades que o educar nos exige. Por vezes, nossos filhos necessitam (dentro do processo educacional), perceber que não somos assim tão fortes e intransponíveis. Simplesmente necessitam perceber que somos humanos e temos nossas fragilidades e necessidades também. Não se preocupe com qualquer impacto e sim com demonstração de honestidade e sinceridade em relação aos seus próprios comportamentos e sentimentos.
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