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Curso de Engenharia de Alimentos produz pão sem glúten com farinha de chia

Projeto de pesquisa resulta na produção de pão sem glúten, sem adição de goma e gordura, a partir da utilização da farinha de chia

Última atualização: 2017/04/28 10:23:21

São Miguel do Oeste

O curso de Engenharia de Alimentos da Unoesc São Miguel do Oeste desenvolveu, neste semestre, um projeto de pesquisa que resultou na produção de pão sem glúten, sem adição de goma e gordura, a partir da utilização da farinha de chia. Segundo a coordenadora do curso, professora Eliane Maria de Carli, a pesquisa teve o objetivo de avaliar o efeito da farinha de chia na qualidade física, microbiológica, nutricional e sensorial desse pão.

Eliane destaca que a chia, planta originária de áreas montanhosas do Oeste e Centro do México, possui alto valor nutritivo. “Entre os principais benefícios que  oferece à saúde, estão a diminuição de problemas de constipação intestinal, redução de risco de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer”, menciona a professora.

Por ser uma fonte rica em nutrientes e não conter glúten, a farinha de chia é uma opção para ser utilizada na elaboração de produtos alimentícios para celíacos. “A mescla das farinhas utilizadas permite a utilização em produtos de panificação isentos de glúten, podendo ser também usada em outros estudos para aplicação em diversos produtos, ampliando o mercado de consumo”, detalha a professora.

Segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), mais de 69 milhões de pessoas são celíacas em todo o mundo. A estimativa é que a cada 400 brasileiros um seja celíaco. Entretanto, a oferta de alimentos sem glúten no mercado ainda é pequena e onerosa. “Apesar dos avanços recentes, a substituição em produtos à base de cereais, como pão, biscoito, bolo e massas, ainda representa um desafio tecnológico significante. Além disso, esses produtos são encontrados somente em grandes redes de supermercados”, avalia Eliane.

Experiência proporcionada pela pesquisa

A pesquisa contou com a participação da acadêmica da quinta fase de Engenharia de Alimentos, Raquel Trevisan. A estudante ressalta que a participação no estudo é uma oportunidade para aprimorar o conhecimento e se preparar para a vida profissional com maiores habilidades e competências. “Conheci na prática como é o processo de pesquisa e o desenvolvimento de produtos alimentícios”, comenta a estudante.



Pesquisa foi desenvolvida pela acadêmica Raquel Trevisan sob orientação da professora Eliane de Carli

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