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Cursos da Unoesc debatem os efeitos psicossociais do preconceito

O público também pôde participar das oficinas "Direito e o Preconceito Real" e "A luta de libertação dos quilombos às maltas do Rio de Janeiro"

Última atualização: 2018/11/30 10:04:04


Os cursos de Psicologia, Direito e Pedagogia da Unoesc desenvolveram, na última semana, a atividade “Efeitos Psicossociais do Preconceito”. Durante o debate, o professor de Psicologia, Anderson Schuck, abordou sobre a igualdade, diferenças, os efeitos que têm as reações de preconceito nas pessoas e a construção de subjetividade nos sujeitos. O debate também contou com a participação da acadêmica de Psicologia, Érika Pereira Kofer, autora do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), “Essas pretinhas intrusas que não se aquietam….Os efeitos psicossociais do racismo enfrentados por mulheres negras do Nordeste que migraram para o Oeste de Santa Catarina”. 

Durante a atividade, a presidente da Associação de Afrodescendentes de São Miguel do Oeste (Afrodesmo), Isete Carmen Lourenço, lembrou o dia da Consciência Negra e a importância de debater o preconceito e de efetivar as leis. “As leis não bastam, precisamos estar vigilantes e atentos, conhecer o que elas significam e saber para que servem. Elas têm que estar na educação infantil, nos anos iniciais, anos finais, no ensino médio e, sobretudo, na universidade, onde se formam os profissionais da nossa sociedade”, salientou. 

Segundo a coordenadora do curso de Pedagogia, Giovana Di Domênico Silva, a cultura africana, afro-brasileira e a indígena são abordadas, durante a graduação, em diversos componentes curriculares. “Devemos dialogar sobre essas culturas, visando à construção de conhecimentos e de um olhar sensível do educador para essas questões, para que se possa efetivamente incluí-las e celebrá-las no processo de ensino e aprendizagem, no cotidiano da escola, e não somente como conteúdos que, obrigatoriamente, devem ser cumpridos pelos currículos”, avalia a professora. 

O coordenador do curso de Direito, professor Peterson Schaedler, destaca que o acadêmico precisa ter um olhar para além do universo jurídico. “Uma visão dos efeitos psicológicos e, consequentemente, sociais do preconceito, faz com que o nosso acadêmico tenha uma visão holística dessa problematização, aperfeiçoando o entendimento na busca e defesa dos Direitos Fundamentais”, ressalta o professor. 

Para a coordenadora de Psicologia, professora Lisandra Antunes de Oliveira, o tema deve ser abordado o ano inteiro. “Além de ser crime, o racismo traz efeitos devastadores na vida das pessoas e cicatrizes eternas. As pessoas ficam marcadas e essas marcas ferem emocionalmente, o que pode chegar ao extremo de perdermos vidas”, afirma a professora. 

A acadêmica Jaqueline Fabbi conta que, a partir das discussões promovidas, foi possível compreender o contexto sócio-histórico e político que rege as relações de discriminação, bem como os efeitos psicossociais. Ela acrescenta que essa compreensão abre portas para a conscientização humana, garantindo saúde e cidadania. 

Oficinas

Os acadêmicos e a comunidade também participaram de três oficinas. A oficina Abayomi foi ministrada pela presidente da Afrodesmo, Isete Lourenço. O público também pôde participar das oficinas “Direito e o Preconceito Real” e “A luta de libertação dos quilombos às maltas do Rio de Janeiro”, ministradas, respectivamente, pela vereadora Maria Tereza Capra e pelo professor de Hip Hop, Alexandre Camargo. 


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