Estamos na metade do inverno e provavelmente você já se divertiu em muitas degustações de vinhos até aqui. Mas elas foram temáticas, verticais ou horizontais? Sim, existem diferentes categorias de degustação. A mais frequente é temática, ou seja aquela em que você prova muitos vinhos, de um mesmo tema: de uma única vinícola, de um país, de uma determinada região de um país, de uma cepa única, de uma certa cor (branco, tinto, rosé), enfim, há incontáveis modalidades nesta categoria. Mas há também as degustações verticais e horizontais. Que tem diferentes propósitos. Enquanto na temática a idéia é conhecer o tema em questão, ou seja conhecer o terroir de uma região, o estilo de uma vinícola, o trabalho de um enólogo, as características de uma cepa, e assim por diante, na degustação vertical, busca-se identificar as influências do clima e da evolução em um mesmo vinho de safras diferentes, em anos sequenciados ou não. Este tipo de degustação é comum em casas que tem rótulos famosos, que são produzidos ao longo do tempo, sempre com as mesmas características, e servem para confirmar a qualidade e as sutis diferenças impostas pela natureza a cada safra.
Na degustação horizontal, as comparações poderão ser um pouco mais complexas, e exigir uma atenção redobrada. Neste modelo clássico, a proposta é selecionar vinhos de uma mesma safra, de uma mesma região vitivinícola, de um mesmo estilo e de mesma cepa, ou mesmo corte. Dessa forma serão escolhidos por exemplo, os tintos de Cabernet sauvignon, da região da Serra Gaúcha, produzidos no ano de 2014, que tiveram passagem em barricas de carvalho, de seis meses. Aí entra a complexidade, porque cada um destes vinhos terá diferenças de vinificação, que somadas a pequenas diferenças de terroir, indicam a personalidade de cada, de uma forma muito sutil. Exercício interessante para que gosta de “ensinar o paladar”.
Neste tipo de aprendizado, o céu é o limite. Já fizemos aqui interessantes degustações de cepas e de como elas se comportam nos diferentes terroir do planeta. Por exemplo, Pinot noir da Serra Gaúcha, da Serra Catarinense, da Borgonha, da Patagônia, da Nova Zelândia, do Chile. As provas horizontais são muito boas para ensinar o paladar a reconhecer as características de regiões, de cepas, ou de estilos de vinhos. E, feitas em grupo proporcionam um aprendizado único.
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