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Deputado questiona interferência privada na implantação da oncologia

Segundo Padre Pedro Baldissera, o serviço de oncologia em São Miguel do Oeste ainda não saiu devido à interferência de grupos privados que estariam tentando frear o processo

Última atualização: 2017/05/26 11:22:54

São Miguel do Oeste
Deputado estadual, Padre Pedro BaldisseraO deputado estadual Padre Pedro Baldissera (PT) questionou, na terça-feira (16), no plenário da Assembleia Legislativa, a interferência de interesses de grupos privados na implantação do centro de oncologia no Hospital Regional do Extremo Oeste, em São Miguel do Oeste. O parlamentar afirmou que recebeu inúmeras reclamações de que entes privados estariam tentando emperrar o projeto de construção do Centro de Oncologia em São Miguel do Oeste e causando o atraso no projeto.Em março o Ministério da Saúde autorizou a implantação de tratamento oncológico no Hospital Regional de São Miguel do Oeste. Porém, o parlamentar lembra que em 2015 também havia sido aprovado, mas posteriormente surgiram novas exigências para a Habilitação do hospital Terezinha Gaio Basso, o que adiou o processo. O parlamentar teme que isso aconteça novamente. Segundo ele, o andamento do processo sofreu atraso, claramente, em razão desta pressão direta e indireta por parte de interesses particulares. O motivo seriam os recursos de eventuais repasses para este novo Centro, em São Miguel do Oeste, que vai absorver os pacientes de outros centros da região.O parlamentar lembra que há extrema necessidade do atendimento na região. “Consideramos este fato muito grave porque milhares de famílias se deslocam mais de 250 km para serem atendidas, passando por inúmeras dificuldades. Existe a necessidade urgente da instalação do espaço da oncologia para se atender com dignidade e eficiência as pessoas que precisam. Hoje na região são notificados mais de 900 casos de câncer por ano, mas os servidores e servidoras apontam que o número é maior”, diz.Padre Pedro explica que, depois de receber questionamentos por parte de pacientes que estavam em tratamento, realizou um levantamento na região Extremo Oeste e Oeste. “Conversamos com pacientes, médicos, servidores e fizemos visitas às unidades. Também encaminhamos um pedido de informação à Secretaria de Saúde, que nos detalhou número de atendimentos, os projetos que estão em andamento. E que, aliás, confirmou a implantação do centro de oncologia em São Miguel”, destacou o parlamentar. Reunidos os dados, conforme Padre Pedro, ficou claro que houve tentativa de inviabilizar o projeto para garantir que os recursos fossem centralizados em Chapecó. “Apesar de todo esforço por parte das equipes, o atendimento da oncologia em Chapecó está sobrecarregado, e isso é fato. Em um só dia encontramos várias pessoas que fizeram a cirurgia, mas somente iniciaram o tratamento muito tempo depois”, disse, lembrando que o atraso reduz as chances de cura, aumenta os custos e leva mais sacrifício para as famílias. O deputado afirmou que espera agora a concretização do planejamento para implantação do centro oncológico no Extremo-oeste.Segundo Padre Pedro, um dossiê sobre o assunto foi encaminhado à Ameosc, para que a Associação fique vigilante e defenda os interesses da região Extremo-oeste e o serviço de oncologia possa iniciar o mais breve possível em São Miguel do Oeste. Vale lembrar que no mês de abril, em coletiva de imprensa com direção do hospital e lideranças regionais, foi anunciado que o atendimento oncológico em São Miguel do Oeste inicia no segundo semestre. Segundo a gerente de Saúde, Paula Corrêa, o grupo formado para dar encaminhamento no processo, mantém o cronograma de iniciar o atendimento no segundo semestre. Referente à suposta pressão para que o serviço oncológico não fosse instalado em São Miguel do Oeste, Paula acredita ser algo já superado.  
Deputado estadual, Padre Pedro Baldissera

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