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Desavenças e conflitos amorosos são as principais causas de mortes

Índice de elucidação de homicídios chegou a 78% em 2016 e início de 2017 na área de atuação da 13ª DRP/Fron São Miguel do Oeste. No estado, em 2016, a média foi de 70%, que é superior à de países desenvolvidos. No ano passado, o Brasil teve a 11ª maior taxa de homicídios do mundo, mas Santa Catarina ainda apresenta números abaixo da média nacional

Última atualização: 2017/05/26 4:08:36

RegiãoEnquanto a Organização Mundial da Saúde apresentou o Brasil com a 11ª maior taxa de homicídios do Mundo no ano passado, Santa Catarina continua sendo uma exceção. Hoje, a solução dessa tipificação de crime no Estado chega a ser maior que a de países desenvolvidos, com uma média de 70%.De acordo com dados da SSP e da Polícia Civil, a maior motivação dos homicídios segue sendo tráfico de drogas – até agora, em 2017, eles representam 22,6%. Nos gráficos, uma das coisas que mais chama a atenção é o perfil da vítima e do autor: quanto a vítima, 90,5% são homens e as idades mais atingidas são de 18-24 e 35-59 anos; quanto ao autor, isso se repete: a maioria dos criminosos também são homens (94,5%) e têm idades entre 18-24 e 35-59 anos.Outra curiosidade é o fato de que tanto autores quanto vítimas de homicídios geralmente possuem passagens policiais. A média é de 70% dos casos. A menor taxa de homicídio entre as grandes cidades de Santa Catarina é Jaraguá do Sul: 1.2 a cada 100 mil habitantes. Joinville, que é a cidade mais numerosa do Estado, tem uma taxa de 7.7 por 100 mil habitantes. Tudo abaixo da média nacional. Atualmente, inclusive, nenhuma das médias por regiões de Santa Catarina ultrapassa a mundial: 8.9 na Grande Florianópolis, 5.3 no Norte, 4.3 no Oeste, 4.2 no Vale, 3.1 no Planalto e 3.0 no Sul do Estado.  Conforme Mapa da Violência divulgado em 2016, Santa Catarina havia registrado 7.5 mortes a cada 100 mil habitantes – número que se torna uma exceção no próprio país, onde a média é de 32,4 assassinatos por 100 mil habitantes. O índice de normalidade configurado na ONU é de 10 a cada 100 mil. Não só isso, neste ano, 203 municípios registraram taxa zero de homicídios, de acordo com relatório organizado pela Gerência de Estatística e Análise Criminal da SSP. Confira o gráfico:NO EXTREMO-OESTENa região Extremo-oeste, a 13ª Região Policial, que abrange 27 municípios, no período de todo o ano de 2016 e até 18 de maio de 2017, tem um percentual de elucidação maior que a média estadual. Com base nos dados da Secretaria de Segurança Pública (SISP), quanto ao delito de homicídio doloso consumado – desconsiderando as tentativas e culposos de trânsito – a região Oeste tem um percentual de elucidação deste tipo de crime de 78%. Se no Estado a maior motivação dos homicídios segue sendo tráfico de drogas,  na região Extremo-oeste a motivação dos homicídios não tem essa característica predominante, havendo mais por desavenças pessoais e relacionamentos amorosos conflituosos.Henrique Gonçalves Muxfeldt, delegado da 13ª Delegacia Regional de Polícia de Fronteira, acredita que os números positivos na região se devem à dedicação e o profissionalismo das equipes, mas acredita que é possível melhorá-los com mais efetivo policial e equipamentos. “Estou contente com a dedicação e profissionalismo dos delegados e policiais civis da nossa região, pois o índice local está acima da média estadual, mas pode ser melhorado. Creio que a vinda de mais policiais para trabalhar nas Delegacias de Polícia e o incremento de equipamentos possam contribuir de forma positiva para o crescimento do percentual de resolutibilidade dos homicídios no Extremo-oeste”, conclui.

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