Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou que crianças menores de 16 anos acompanhadas fiquem ao lado de um adulto responsável, mas não obrigam a troca de assentos já atribuídos
TV GC
Última atualização: 2024/12/07 5:23:23Um voo da Gol Linhas Aéreas que partiu do Rio de Janeiro rumo a Belo Horizonte tornou-se cenário de uma discussão que ganhou repercussão nas redes sociais nesta semana. A confusão começou com uma disputa por um assento na janela, envolvendo uma criança de 4 anos, e culminou em gravações não autorizadas de uma passageira, que agora considera medidas legais.
O incidente foi amplamente divulgado após um vídeo publicado por uma terceira passageira. Como mostram as imagens, Jeniffer Castro, ocupante do assento originalmente designado a ela, sendo confrontada por uma mulher que acusou de falta de empatia por não ceder o lugar à criança.
A versão da mãe
Aline, mãe do menino de 4 anos, relatou ao portal Leo Dias que a situação começou quando o filho quis sentar ao lado da avó em um assento de janela. “Quero deixar claro que, em nenhum momento, eu pedi ou me dirigi a Jeniffer. Quando percebi que aquele não era o assento do meu filho, expliquei a ele e o levei para o lugar correto”, disse.
Aline afirmou que estava sob tensão, pois já havia enfrentado dificuldades relacionadas à acomodação de seu filho mais velho, que é cadeirante. “Meu filho mais velho teve um problema com o assento atribuído pela Gol. Isso nos deixou nervosos, e quando voltei ao meu lugar, vi meu filho mais novo sentado na janela. Eu avisei que aquele assento não era dele e que ele precisaria se mudar”, ressalta.
Segundo Aline, a situação foi agravada por outra passageira, que filmou Jeniffer e a insultou. “Ela foi insultada, mas não por ninguém da minha família. O vídeo foi gravado por outra pessoa. Minha preocupação era engraçada meu filho, que chorava por acreditar que o lugar era dele”, explicou.
A versão da passageira exposta
Jeniffer Castro, filmada sem autorização e alvo de críticas online, apenas sua visão no programa Encontro. “Eu fui xingada pela pessoa que gravou o vídeo. Disse a ela que não cederia meu assento porque era o lugar que paguei, e tenho direito de ficar onde comprei”, afirmou.
Jeniffer relatou estar preocupada com sua segurança devido à repercussão do caso. “Recebo mensagens questionadas sobre onde moro. Isso tem me deixado muito nervosa” Ela também confirmou que já tomou medidas legais e agradeceu o apoio recebido nas redes sociais.
Debate legal e ético
Especialistas apontam que o caso envolve múltiplos aspectos legais e éticos. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou que crianças menores de 16 anos acompanhadas fiquem ao lado de um adulto responsável, mas não obrigam a troca de assentos já atribuídos. A Gol afirmou que segue as regulamentações da Anac e que a troca de assento só é permitida em casos específicos relacionados à segurança.
A exposição de Jeniffer levantou questões sobre privacidade e ética na internet. “Filmar alguém sem consentimento e divulgar a imagem pode configurar violação de direitos”, afirmou uma advogada consultada sobre o caso.
O incidente, embora rotineiro em voos, gerou reflexões sobre limites no convívio em espaços públicos e na internet. Aline reconheceu erros no manejo da situação e lamentou a repercussão. “Jamais quis causar transtornos. Só quero que as pessoas entendam o contexto e parem de julgar.”
Enquanto isso, Jeniffer, agora apelidada de “diva do avião” pelos internautas, tenta lidar com as consequências da exposição. “Espero que situações como essas sejam tratadas com mais respeito no futuro”, concluiu.
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