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Diplomado da Unoesc é aprovado em 1º lugar no concurso para perito criminal da Polícia Federal

Leonardo Friedrich Magro encarou uma maratona de estudos até conquistar a aprovação

Última atualização: 2019/05/21 2:38:33


O diplomado do curso de Sistemas de Informação da Unoesc São Miguel do Oeste, Leonardo Friedrich Magro, conquistou o 1º lugar no concurso para perito criminal da Polícia Federal (PF). O concurso teve uma demanda de 282,33 candidatos por vaga. Para concorrer a vaga, era preciso ter ensino superior na área de Tecnologia de Informação. “Quando eu vi que tinha passado foi uma sensação difícil de descrever: uma mistura de muita nostalgia de toda a trajetória que tive, com o alívio de ter alcançado o que eu queria. Corri atrás do meu sonho desde 2015. Muitas vezes, pareceu algo inalcançável, foram muitos tombos. Neste percurso muita gente desiste”, conta Leonardo.

A previsão é que Leonardo seja nomeado em novembro. Antes da nomeação, ele participará de um curso de formação na Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília, com duração de quatro meses e meio.

Entre as atribuições do cargo estão a investigação de ciberterrorismo, de crimes cibernéticos e de pornografia infantil; apoio técnico para o desenvolvimento de soluções para a própria instituição; cópia segura de dados de dispositivos apreendidos e toda a natureza policial do cargo como locais de crime, laudos de drogas e perícias em geral.

Leonardo salienta que a carência de profissionais de Tecnologia de Informação nas polícias é grande. “Não há crimes sem a necessidade de análise de dados e sem dispositivos de informática. Nos crimes financeiros, do pequeno furto ao homicídio, tudo há tecnologia e informática presente, que demandam conhecimento, para buscar a solução e criar provas necessárias para auxiliar na busca pela verdade e embasar as denúncias”, ressalta.

Preparação

Leonardo encarou uma maratona de estudos até conquistar a aprovação no concurso de perito criminal da PF. Em 2014, sonhava passar no concurso para agente de Polícia Federal. Com o edital aberto, começou a estudar e não foi aprovado. No ano seguinte, após a confirmação do resultado, mudou-se para Cascavel (PR) para fazer cursinho presencial focado na carreira policial. “Morei em uma quitinete de 18 metros quadrados. O lugar era muito pequeno, mas como o meu objetivo era estudar, eu não queria muito conforto para todo dia eu saber que tinha que sair dali”, comenta Leonardo.

Em 2015, fez o concurso do Departamento Penitenciário Federal (Depen) e foi aprovado, o que lhe deu estabilidade financeira para continuar a estudar. Mas o sonho em ingressar na PF continuava vivo. Enquanto o edital não saía, ele prestava outras provas e em cada reprovação descobria que precisava ser resiliente. “Após a reprovação no concurso para perito do Instituto Geral de Perícias (IGP-SC), eu pensei que não iria conseguir ser aprovado na PF. Teoricamente, o concurso do IGP era menos concorrido e, supostamente, quem prestasse a prova do IGP também prestaria para a PF. Logo após, prestei a prova para oficial de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também na área de cibercrimes, fiquei muito bem classificado, porém acabei reprovando na redação”, relata.

Ele continuou estudando e, quando foi publicado o edital para perito da PF, a rotina de estudos passou para 10 horas diárias, durante a semana, e era intensificada ainda mais nos finais de semana. Assim, ele conseguiu a aprovação na prova objetiva e discursiva. O certame também contou com outras fases como prova física e exame psicotécnico. Hoje, Leonardo compartilha a sua trajetória no mundo dos concursos em seu site pessoal: leopcf.com.br.

Atualmente, a Unoesc oferece o curso de Ciência da Computação em São Miguel do Oeste. Segundo o coordenador, professor Roberson Fernandes Alves, o objetivo do curso é formar profissionais para atuarem no desenvolvimento científico e tecnológico da computação, aptos a serem propositores de soluções em qualquer área que são utilizados recursos computacionais. “O diplomado está preparado para participar de inúmeros concursos públicos, considerando que possuem uma sólida formação em computação, matemática e resolução de problemas nas mais diversas áreas do conhecimento”, conclui o professor.

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