Dívida do Governo com Hospital Regional supera R$ 8 milhões
Procuradoria-geral de Justiça solicitou ao TCE uma auditoria de todo o sistema de saúde e à Assembleia Legislativa o resultado dos julgamentos das contas do Governo dos últimos cinco anos
Última atualização: 2017/09/08 8:57:21
EstadoA crise vivida pelo Governo do Estado na Saúde Pública, com dívida estimada de R$ 700 milhões, fez o procurador-geral de Justiça, Sandro José Neis, solicitar ao Tribunal de Contas do Estado uma auditoria de todo o sistema de saúde e à Assembleia Legislativa o resultado dos julgamentos das contas do Governo dos últimos cinco anos. Segundo dados do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (Cosems/SC), aos municípios é de aproximadamente R$ 130 milhões, porém, grande parte dos R$ 700 milhões se traduz em repasses a hospitais.A reportagem entrou em contato com a direção do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, de São Miguel do Oeste. Segundo informado pela assessoria de imprensa, o hospital tem a receber do Estado R$ 8.325.725,43. Entretanto, segundo diretor adjunto do hospital, Pedro Peliser, o atraso no repasse, ainda, não está interferindo no atendimento aos pacientes. “Os pacientes do Hospital Regional estão recebendo o mesmo atendimento, que prima pela qualidade e humanização da assistência. Os compromissos financeiros com os colaboradores, com o corpo clínico e com os fornecedores do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso vem sendo cumpridos. Atrelamos isso a gestão eficiente e o compromisso do Instituto Santé com a população da Região Extremo-Oeste”, cita.O governo do Estado emitiu nota nesta semana. O governador Raimundo Colombo vê como positiva a solicitação ao Tribunal de Contas do Estado uma auditoria de todo o sistema de saúde e à Assembleia Legislativa o resultado dos julgamentos das contas do Governo dos últimos cinco anos. “Trata-se de uma ação legítima que vai mostrar aos catarinenses a complexidade do sistema e o que está sendo feito na área da saúde pelo Governo do Estado”, argumenta.Confira a notaO governador Raimundo Colombo vê como positiva a decisão do procurador-geral de Justiça, Sandro José Neis, de solicitar ao Tribunal de Contas do Estado uma auditoria de todo o sistema de saúde e à Assembleia Legislativa o resultado dos julgamentos das contas do Governo dos últimos cinco anos. Trata-se de uma ação legítima que vai mostrar aos catarinenses a complexidade do sistema e o que está sendo feito na área da saúde pelo Governo do Estado.Colombo lembra que Santa Catarina tem indicadores positivos como o menor índice de mortalidade infantil e a maior expectativa de vida entre todos os estados brasileiros, e excelentes resultados na realização de transplantes.Importante ressaltar que a crise na saúde é nacional e produto de vários fatores, como o aumento da demanda por serviços públicos – apenas em Santa Catarina, no ano passado, mais de 25 mil pessoas cancelaram seus planos de saúde, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) -, a falta de reajuste da tabela SUS e o aumento do custo dos remédios e dos materiais hospitalares que são balizados pelo dólar.Ao cenário soma-se a queda na arrecadação de tributos que o Governo do Estado, uma situação que em Santa Catarina busca-se enfrentar apoiando e incentivando os pequenos e médios produtores e empresários, em vez de simplesmente aumentar a alíquota dos impostos.O governador Colombo lembra que o Estado nunca deixou de investir em saúde. Mas é preciso reconhecer a complexidade do sistema. Apenas no primeiro semestre de 2017, os 13 hospitais públicos administrados pela Secretaria da Saúde registraram 585.953 atendimentos (internação, ambulatório e emergência); 23.303 cirurgias e 1,6 milhão de exames. O mutirão da cirurgia – até esta sexta-feira, 01/09 – tinha 17 instituições cadastradas para realizar cerca de 8 mil procedimentos, de acordo com dados preliminares da Secretaria de Estado da Saúde (SES).Referência nacional, o Hospital Infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis, já abriu quatro dos nove leitos de UTI e a chegada de novos profissionais por meio de processo seletivo em andamento permitirá o funcionamento pleno da unidade, normalizando a realização de cirurgias eletivas.Também na Capital, mas atendendo gente de todo o Estado, o Hospital Celso Ramos é a unidade que mais faz cirurgia em pacientes com Mal de Parkinson no Brasil. A cada mês, são realizadas 40 cirurgias de alta complexidade em portadores de Parkinson, Acidente Vascular cerebral (AVC), aneurismas e tumores. Ainda neste mês 70 novos profissionais deverão ingressar no HCR por meio do processo seletivo.Exemplo de sucesso, o programa SC Transplantes segue líder nacional na captação de órgãos. No primeiro semestre de 2017, foram viabilizadas 128 doações.São conquistas que precisam ser respeitadas, visto que alguns setores apontam a área da saúde como uma “terra arrasada”, o que não corresponde com a verdade.Governo do Estado de Santa Catarina
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