Empresa responsável por reservatório que rompeu em Florianópolis prevê indenização para famílias atingidas

Rompimento de reservatório atinge comunidade de Florianópolis — Foto: NSC TV

A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) afirmou que está fazendo um cadastro avaliar e indenizar as famílias que foram atingidas pelo rompimento do reservatório de água na comunidade do Monte Cristo, em Florianópolis, na madrugada desta quarta-feira (6).

Conforme a empresa, 92 casas foram atingidas. Duas pessoas se feriram sem gravidade e foram levadas a unidades de saúde.

Por conta do entulho e lama, algumas ruas da comunidade ficaram interditadas e postes foram arrancados. A força da água também destruiu comércios e arrastou carros.

Um posto da empresa foi montado perto da estrutura rompida para atender as vítimas. “Nesse posto a Casan também já faz o cadastramento de moradores para as devidas avaliações e indenizações”, informou a empresa.

A Casan não divulgou detalhes do que aconteceu, mas disse que 2 mil metros cúbicos de água vazaram da estrutura. A situação foi registrada por volta das 2h, na rua Luís Carlos Prestes (veja o vídeo abaixo que mostra onde o reservatório fica).

De acordo com a empresa, o reservatório atende 80 mil pessoas na região continental da cidade. A empresa explicou que tem 20 estruturas similares na Capital. Mesmo com o rompimento, a Casan disse que não há falta de abastecimento de água na região.

“Em conjunto com seus engenheiros e Defesa Civil, a Casan vai também avaliar as residências em que será possível o morador retornar. No caso de prejuízo que traga insegurança para as famílias, estas serão abrigadas em hotéis ou outros locais, até que possam retornar ao seu imóvel”, informou o órgão.

Polícia vai investigar

Conforme a diretora da Polícia Civil da Grande Florianópolis, Michele Rebelo, um inquérito será aberto para identificar o que causou o rompimento. a investigação ficará com a delegacia do Continente, que fez perícia no local.

Campo de guerra’, diz morador

O morador João Pedro Moraes descreveu como “campo de guerra” o rastro de destruição deixado pela água que atingiu a comunidade Monte Cristo.

“Nós estávamos dormindo, minha mulher me acordou, um barulhão danado. Ela me disse ‘estourou a caixa d’água. Abrimos a porta, aguaceira e a rua parece um campo de guerra. Os postes de luz caíram tudo”. disse o aposentado.