Motoristas questionam a sinalização na rodovia. Engenheiro do Dnit diz que medida visa segurança, mas afirmou estar aberto para discutir alguns pontos da BR onde a sinalização pode ser mudada
Região
BR-163 recebeu faixa continua que, por lei, impede ultrapassagensA BR-163, que passa por revitalização há quatro anos, recebeu a pintura de uma faixa simples contínua. Pela lei, a faixa simples contínua impede ultrapassagens, segundo informado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Quem realiza ultrapassagens em faixa contínua, está sujeito a multa. Em uma rodovia de movimento intenso, a lei fica difícil de ser aplicada na prática, pois, por exemplo, imagine transitar atrás de uma carreta carregada de São Miguel do Oeste a São José do Cedro, formaria filas e praticamente inviabilizaria o fluxo.
A sinalização na rodovia é executada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit). Segundo o supervisor do Dnit de Chapecó, engenheiro Diego Fernando da Silva, a faixa simples continua é uma sinalização provisória regulamentada pelo manual de sinalização de obras e emergência do Dnit. “O trecho está em obras, a pista é estreita, é mais uma medida de segurança. Nada impede que numa próxima etapa, agora, façamos a identificação de alguns pontos que deem para fazer ultrapassagens. Mas, num primeiro momento, em virtude das obras, até pela restrição de velocidade, acabamos optando por essa faixa contínua que, a princípio, está amparada em norma”, justifica.
Diego reconheceu as dificuldades em
virtude de a BR-163 estar em obras há quatro anos e ter passado por diversos
problemas e paralisações. A Sul Catarinense segue executando os serviços. Silva
revela que, pelo cronograma, a obra deve ser finalizada em abril de 2018, com a
execução das travessias urbanas (trevos) e elevados. Ele revela que a obra
deverá custar, no total, R$ 124 milhões, com o que já foi investido e o
restante para concluir.
De acordo com o engenheiro do Dnit, foi
executado mais de 30% da obra, sendo que há disponibilização de aproximadamente
R$ 45 milhões, recurso que deve garantir a continuidade dos trabalhos sem
interrupções até o final do deste ano. O engenheiro falou também a respeitos
das indenizações referentes às desapropriações de áreas de terrena às margens
da rodovia, que devem ser quitadas com recursos a parte do orçamento da obra.
Segundo Diego, houve dois mutirões em 2015 e há a previsão de que mais um deve
ocorrer neste ano.
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