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Família e município entram em acordo sobre área da ETA

Acordo ocorreu em audiência da justiça nesta terça-feira, dia 26. Área será cedida ao município em um processo de loteamento no local

Última atualização: 2017/09/27 11:20:15

São Miguel do Oeste

ETA do Bairro São Jorge é responsável por fornecer de 15% a 20% da água distribuída pela Casan no município Foto: Marcelo Both

A audiência da justiça realizada nesta terça-feira, dia 26, para tratar sobre a área onde está instalada a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Casan, no Bairro São Jorge, teve um desfecho positivo, com acordo das partes envolvidas. Sem receber o aluguel há dois anos e oito meses, a família proprietária pediu a reintegração de posse da área hoje utilizada para captação de água pela Casan.

Segundo o advogado da família proprietária da área, Roberto Ristow, município e proprietários chegaram a um acordo. Ristow explica que a família aceitou ceder o uso gratuito da área ao município até o final de 2019, com a contrapartida deste em receber a área futuramente, como área pública, em um futuro processo de loteamento que a família pretende desenvolver no local. Ainda conforme Ristow, os valores devidos dos alugueis nos últimos dois anos e oito meses, que ultrapassam R$ 200 mil, a justiça vai decidir quem deverá pagar: município ou Casan.

Entenda o caso

Em janeiro de 2013 o município de São Miguel do Oeste firmou contrato de locação com a proprietária da área para utilização do espaço por um ano, permitindo à Casan instalar a unidade de captação no local. O contrato foi renovado por mais um ano, até o final de 2014. O aluguel era de R$ 6 mil mensais. Acontece que a partir de 2015, o município informou que não pagaria mais o aluguel da área, por entender que a Casan, que comercializa a água, seria responsável por pagar. Mesmo sem o município pagar o aluguel, a Casan manteve a ETA no local, dando sequência à captação. A proprietária notificou o município e a Casan em 2015 e também em agosto de 2016, buscando receber os valores de aluguel atrasados, que superam R$ 200 mil.

Sem resposta, em outubro de 2016 a proprietária ingressou com a ação de reintegração de posse e cobrança dos atrasados contra a Casan, que capta a água, e o município, que tinha contrato no início. Como o caso envolve interesse público, a Justiça da Comarca convocou representante da Casan, Prefeitura e Câmara de Vereadores, para uma audiência, que resultou em acordo na terça-feira. A ETA do Bairro São Jorge desempenha papel importante, sendo responsável por fornecer de 15% a 20% da água distribuída pela Casan no município

ETA do Bairro São Jorge é responsável por fornecer de 15% a 20% da água distribuída pela Casan no município Foto: Marcelo Both

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