Famílias rurais mostram sua força no Desfile da Pátria
Na última semana, mais precisamente no dia 7 de setembro estivemos acompanhando e participando do desfile da pátria na região em especial no município de Bandeirante, onde muitas entidades participaram do momento cívico
Última atualização: 2017/09/15 9:43:40
Nós participamos junto com as famílias rurais em um bonito bloco para mostrar toda sua potencialidade do meio rural. Muitas pessoas participaram desse momento de patriotismo, mostrando sua força, seus produtos, sua produção, seus maquinários, suas ações e mostrando a cara do agricultor e agricultora.Parabéns a todos que se envolveram no desfile sem medo de mostrar a cara e seu valor. Isso mostra que não precisam se esconder e sim dar o grito de liberdade e de ter orgulho de exercer essa linda profissão.Além de Bandeirante, outros municípios participaram do desfile da pátria, através de seu modo, de seu jeito e sem perder a magia de ser feliz com o que se tem e com o que se produz.Muito bonito fazer esse resgate e precisamos nós brasileiros levantar a bandeira da liberdade, da coragem, da indignação e não se esconder. Não existe lugar ou momento para fazermos aquilo que gostamos ou aquilo que sentimos. A pátria é nossa e só depende de nós para mudar e torná-la independente.LUCRO COM A PRESERVAÇÃO: É REALMENTE POSSÍVEL?Alguns especialistas em sustentabilidade como da Fundação Espaço ECO mostram que sim, como os serviços ecossistêmicos podem valorizar a atividade agropecuáriaO Brasil é detentor de uma biodiversidade que, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), representa 20% das espécies existentes e inclui a maior reserva de água doce e a maior floresta tropical do mundo. E, mesmo possuindo clima e solos bons para a atividade agrícola em toda a sua extensão, o país possui hoje, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 60% do seu território coberto por vegetações nativas, em todos os biomas, e aproximadamente 53% dessas áreas estão em propriedades rurais.A atividade agrícola vem desempenhando um papel importante nisso e, portanto, merece reconhecimento. As fazendas são protagonistas na conservação da biodiversidade e na manutenção dos serviços ecossistêmicos, que são os benefícios obtidos da natureza para o bem-estar da sociedade, de maneira direta ou indireta, como, por exemplo, fornecimento de água, regulação do clima, matérias-primas, auxílio no controle da erosão e manutenção dos solos férteis, polinização, recreação, lazer, entre outros.PRESERVAR E TER RECOMPENSAHoje, conforme o Código Florestal, as propriedades rurais devem ter um zoneamento do uso e ocupação do solo, com áreas de Preservação Permanente (APP), de Reserva Legal (RL) e a destinada à produção agropecuária. Cada uma das zonas tem diferentes normas que devem ser seguidas. E, apesar de ter sido reduzido o espaço do produtor rural para a prática da atividade agrícola, é importante ressaltar que os recursos naturais existentes nas APPs e RLs, aliados às boas práticas agrícolas, resultam em benefícios que, se valorados economicamente, comprovam como a conciliação da conservação ambiental e a produção agrícola são tão importantes.Para ilustrar isso, a Fundação Espaço ECO, uma das parceiras do Prêmio Fazenda Sustentável, calculou o valor econômico do serviço ecossistêmico da área de vegetação nativa e das boas práticas de conservação de solo adotadas na Fazenda Porteira Velha, do produtor Silvino Caus. A propriedade, localizada em Pinhão (PR), foi uma das vencedoras do 3o Prêmio Fazenda Sustentável no ano passado e possui 140 hectares de vegetação nativa. “Realizando estudos de forma aproximada, identificamos que esse remanescente de vegetação estoca uma quantidade de aproximadamente 58.000 toneladas de CO2”, explica o consultor de sustentabilidade da Fundação Espaço ECO, Thiago Egydio Barreto.ESTUDOS REVELAM RETORNO ECONÔMICO, SOCIAL E AMBIENTALBaseado no estudo da Interagency Working Group (IWG), que calcula em US$ 38 o custo social do carbono (parâmetro que representa o custo estimado dos prováveis impactos da adição de 1 tonelada de CO2 na atmosfera na produtividade agrícola, na saúde humana e na forma de danos a propriedades públicas e privadas, associados a riscos e impactos decorrentes das mudanças climáticas), Thiago avaliou que o estoque de carbono da floresta da Porteira Velha corresponde à valoração econômica de US$ 2,2 milhões.Ao estimar o serviço ecossistêmico de regulação da erosão, desempenhado por essa floresta e as boas práticas de manejo de solo adotadas por Silvino, que contribuem num custo evitado para repor os nutrientes perdidos pelos processos erosivos que resultam em perdas de produtividade, Thiago Egydio estimou a valoração econômica em R$ 150 mil ao ano. Diferentemente das áreas urbanas, onde o asfalto não permite que a água retorne ao lençol freático e falta espaço para a ampliação de parques e florestas, a propriedade rural é protagonista para prover não somente alimentos, biocombustíveis e fibras, mas também serviços ecossistêmicos. Em um cenário tão desafiador em relação às mudanças climáticas, se a sociedade não adotar um modelo produtivo mais harmônico, aliado à conservação de recursos naturais, faltará o básico para sobreviver, como alimentos ou água. Este alerta vem da Marcela Costa, analista de sustentabilidade da Fundação Espaço ECO.Atualmente, segundo ela, existem tecnologias e modelos de boas práticas agrícolas que potencializam esse trabalho. Podemos citar casos de sucesso como integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), agricultura de precisão, agroflorestas, plantio direto, práticas de conservação do solo e SPDH (Sistema Plantio direto de Hortaliças).Em 2016, além da Porteira Velha, também foram vencedoras a Fazenda Modelo II, que intensificou a atividade com a adoção da ILPF, e a Fazenda Primavera, que utiliza a agricultura de precisão em seus milhares de hectares cultivados com café e mogno-africano.
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