Atualmente há oferta de muitas de coisas, situações e até de pessoas em nossa vida. Tudo parece muito fácil, rápido e prazeroso. Certamente pode ser uma ilusão, na maioria dos casos. Não dá pra comparar, por exemplo, com o que “há lá fora”, com uma relação de muitos anos, que cotidianamente apresenta seus “desgastes naturais” ao longo da convivência. E se “resolvermos” comparar nossa vida com a vida das outras pessoas, isso só tende a aumentar possíveis frustrações (ótima receita para a infelicidade).
Quando comparamos, por exemplo, nossa companheira (o) com alguma amiga, vizinha ou até uma parente que admiramos, podemos estar destruindo nossa relação ao invés de construí-la. Geralmente essas comparações são realizadas através de comentários ou citando exemplos de atitudes que acreditamos ser melhores que a do nosso cônjuge.
Ninguém gosta de ser equiparado a outra pessoa, principalmente em um momento de discussão ou de forma irônica. Esses comentários destroem a pessoa por dentro, mesmo que não sejam ofensivos ou claramente violentos. Quando a pessoa que amamos nos aponta o dedo, comparando-nos com outras pessoas, desvalorizando-nos, isso é quase sempre um mau sinal. Na prática, nem sempre quer dizer que esteja querendo ficar com aquela pessoa ou com vontade, mas significa que (já) não está feliz nem se sente capaz de valorizar a relação na medida certa.
É natural que nos sintamos insatisfeitos e é desejável que mostremos o nosso desagrado, mesmo que isso implique que tenhamos de criticar a pessoa que está ao nosso lado. Mas é desejável que o façamos da forma certa, isto é, centrando-nos nossos sentimentos e respeitando os sentimentos dela (e). Quando fazemos comparações negativas, deixamos de apreciar as qualidades da pessoa que amamos, deixamos de sentir orgulho na relação e a deixamos desprotegida.
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