Representantes dos colegiados de Educação fortalecem as discussões sobre o tema
A Federação Catarinense de Municípios (FECAM) acompanha a
discussão para elaboração do currículo da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental de Santa Catarina desde 2017. Neste ano, garantiu a participação no
Comitê Executivo e a inclusão de 43 representantes dos colegiados regionais nos
seminários que debatem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Homologada em dezembro de 2017, a BNCC define os
conhecimentos essenciais que todos os estudantes têm o direito de aprender. A
Base é referência para a elaboração dos currículos em todas as redes e escolas
do país, além de orientar mudanças nas políticas educacionais de currículo, na
formação dos professores, avaliações e materiais didáticos de ensino. Santa
Catarina é o único Estado do Brasil que ainda não definiu o seu documento.
A consultora em Educação da FECAM, Gilmara da Silva, explica
que a Federação atua como incentivadora dos debates com o intuito de garantir
que esse processo efetivamente ocorra nos 295 municípios do Estado. “Um dos
principais pontos positivos da inclusão da FECAM nesse processo é a garantia da
participação dos Colegiados Regionais de Educação, que se reúnem nas
Associações de Municípios, e a partir daí fazem as discussões regionais de
qualificação dos currículos”, afirma.
Neste mês de abril, foi realizado o 1º Seminário de
Sistematização do Currículo Base da Educação Infantil e Ensino Fundamental do
Território Catarinense, em São José, na Grande Florianópolis. Mais de 500
profissionais de educação tiveram a missão de construir um documento com as
características do Estado, manifestações culturais e respeitando a história.
Além do primeiro seminário, o ciclo para a implantação da base curricular segue
nos meses de junho e agosto, com a formação dos professores multiplicadores. A
perspectiva é que o documento seja concluído até o fim de 2019.
“A partir da finalização do Currículo do Território
Catarinense, os sistemas de ensino, sejam eles municipais, estaduais ou
particulares, precisarão revisar o seu documento pedagógico orientador. O
objetivo é avaliar se ele já está adequado a base ou não, caso não estiver é
necessário que se faça essa adequação e consequentemente a implementação a
partir de 2020”, explica a consultora.
O diretor executivo da FECAM, Rui Braun, destaca que a presença
da Federação para definição de um novo modelo representa uma aposta continuada
no desenvolvimento educacional como matriz estratégica e tema central para o
desenvolvimento social e tecnológico dos municípios catarinenses. “Base
curricular, integração do sistema estadual e municipal de ensino e aliança
cooperativa são obrigações da governança catarinense sobre as quais o
municipalismo sente orgulho e responsabilidade de participação”, complementou.
Além da FECAM fazem parte do Comitê Executivo a Secretaria
de Estado de Educação (SED), União dos Dirigentes Municipais de Santa Catarina
(UNDIME/SC), Conselho Estadual de Educação (CEE) e União Nacional de Conselhos
Municipais de Educação (UNCME). Segundo a SED, a participação da FECAM no grupo
garante de forma democrática que todos os entes comprometidos com a educação no
estado estejam presentes na consolidação do currículo.
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