Projeto prevê enfrentamento do vírus em várias frentes, por meio do uso massivo de tecnologia da informação e da comunicação, EPIs, execução em larga escala de testes e estruturação logística, em linha com as práticas mais bem-sucedidas internacionalmente
A Federação das Indústrias (FIESC) propôs ao governo de
Santa Catarina um protocolo de segurança para que as atividades econômicas
possam ser realizadas preservando os trabalhadores e sem prejudicar o combate
ao coronavírus. As medidas foram detalhadas ao governador, Carlos Moisés da
Silva, e ao secretário da Fazenda, Paulo Eli, durante videoconferência, nesta
quarta-feira (1°). “A proposta considera as cadeias produtivas, ou seja,
agricultura, indústria, serviços e transporte e todos os portes de empresa”,
explica o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. Ele destaca que o olhar
por cadeia produtiva é importante e exemplifica com o setor da construção que,
para operar, precisa que a indústria produza os materiais, que o comércio venda
e que a logística de transporte seja assegurada.
Durante a reunião, o diretor de inovação da FIESC, José
Eduardo Fiates, detalhou o plano da indústria e destacou ações de empresas que já
estão produzindo equipamentos de proteção, como máscaras, jalecos, macacões,
álcool gel, etc., e as estratégias com o uso de tecnologia. Também lembrou que
a FIESC, em parceria com outras entidades, lidera uma frente de trabalho para
aquisição e conserto de respiradores, equipamentos de proteção (EPIs) e
medicamentos, por exemplo.
Para evitar a disseminação do vírus, a proposta é realizar
testes dirigidos e fazer o monitoramento e acompanhamento dos casos, numa
iniciativa que tem apoio da Associação Catarinense de Medicina (ACM), empresas
de tecnologia, Fundação Certi e Neoprospecta. “Somando tecnologia e testes,
certamente, conseguiremos resultados excelentes. A lógica de testes que está
sendo proposta é usar PCR, que é um teste mais preciso, só que fazendo
levantamento de amostras com grupos”, explicou Fiates, lembrando que, com isso,
é possível ampliar muito a escala de geração de testes e, ao mesmo tempo,
usando a tecnologia para monitorar rapidamente vizinhos, parceiros e colegas de
trabalho.
Ele informou que a meta é chegar a execução de 200 mil
testes por mês a partir de maio, a um valor da ordem de R$ 15 a 20 por teste,
por pessoa. A tecnologia também vai permitir analisar as zonas de calor nas
ruas, cidades e no estado para poder chegar no monitoramento e rastreamento,
com foco em gestão. “Com isso, conseguiremos fazer a contenção do vírus, que
está relacionada ao planejamento estratégico do estado”, disse, lembrando que
para isso há uma rede de parceiros que vai atuar junto com SESI e SENAI.
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