Furacão mostrou ânimo e intensidade para duelar, de igual para igual, com o Cruzeiro dentro do estádio Mineirão; jogo em 1 a 1 ficou aquém da expectativa gerada pela disposição apresentada
O Figueirense, em um comportamento bastante diferente, arrancou um ponto diante do Cruzeiro, no estádio Mineirão, depois de empatar em 1 a 1. Apesar de mais um jogo sem vencer na Série B e outra rodada no Z4, a postura da equipe deixou um bom sinal na estreia do técnico Jorginho.
História do jogo
Cruzeiro e Figueirense voltaram a se encontrar em um campeonato brasileiro. Tradicionais na elite do futebol nacional, tranquilamente um enfrentamento de Série A como tantos outros, sobretudo, há alguns anos.
Se levar em conta Luiz Felipe Scolari de um lado e Jorginho essa ode ao passado, certamente, teria ainda mais pertinência.
O fato é que, afora todo o tipo de coincidência temporal, separados por cinco pontos, mineiros e catarinenses entraram em campo em uma luta contra o rebaixamento à Série C.
Estreias dos dois lados
O Figueirense entrou em campo sob os cuidados do técnico Jorginho, contratado para substituir Elano Blumer, demitido após menos de 30% de aproveitamento.
Além do novo comandante alvinegro, o Furacão viu a estreia de três jogadores de defesa: Thiaguinho na lateral direita, Guilherme na zaga e Renan Luís na lateral esquerda.
Pelo lado do Cruzeiro, destaque para a reestreia de Rafael Sóbis que voltou ao clube pelo qual conquistou a Série A e a Copa do Brasil.
Time solto
O Figueirense, em seus primeiros movimentos, fez os torcedores esfregarem os olhos em gesto clássico de quem vê a imagem embaçada.
Um time visivelmente animado e ousado: duelando de igual para igual com o time da casa, o Furacão abriu o placar aos 10’ minutos de partida.
Foram três toques na bola: depois do escanteio cobrado pelo time da casa, a bola sobrou para Lucas Barcelos que acionou Bruno Michel que desvencilhou da marcação e lançou Léo Artur: o camisa 21 dominou no peito e, com toque por cima, encobriu Fabio. Um golaço.
A resposta do time de Felipão veio equivalente: Airton, com a confiança em alta, passou pela marcação de Thiaguinho e bateu de chapa na bola, no limite da trave defendida por Sidão que nada pode fazer.
O Figueirense, até de maneira irreconhecível, sequer pareceu ter sofrido o gol. Dois minutos depois, em resposta ao time da casa Bruno Michel entortou a defesa e cruzou na área: Diego Gonçalves, em movimento de meia-bicicleta, finalizou para defesa de Fabio.
Segunda etapa
Com 30 segundos de bola rolando na segunda etapa o Figueirense já roubou uma bola no campo de ataque e atirou contra a meta de Fabio.
Mais um claro indício de que havia algo muito diferente no futebol praticado pelo alvinegro. Senão em termos de peças, em quesito comportamental.
O Figueirense ainda ameaçou com Léo Artur e Everton Santos, que acabou entrando na vaga de um cansado Bruno Michel. O Cruzeiro, pelo outro lado, ameaçou mais em bolas paradas, sobretudo, em escanteios.
O resultado, no entanto, se manteve igualado até o final.
Próxima parada
O Figueirense entra em campo já na próxima segunda-feira (23) contra o Sampaio Corrêa, em Florianópolis, a partir das 17h30.
O Cruzeiro, em duelo contra outro catarinense, encara a Chapecoense em Chapecó, um dia depois, às 21h30.
FICHA TÉCNICA
Cruzeiro: Fábio; Cáceres, Manoel, Cacá e Patrick Brey (Matheus Pereira); Jadson Silva, Ramon (Jadson) e Régis (Welington); Airton, Moreno (Thiago) e Sóbis (Artur Caíke). Técnico: Felipão.
Figueirense: Sidão; Thiaguinho, Guilherme, Vitor Mendes e Thiaguinho; Matheus Neris (Elyeser), Patrick (Jhonatan) e Léo Artur; Lucas Barcelos (Gabriel Barbosa), Bruno Michel (Everton Santos) e Diego Gonçalves (Marquinho). Técnico: Jorginho.
Gols: Airton (30/1T); Léo Artur (10/1T)
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