Técnica funciona a partir de toques suaves feitos pelo profissional no paciente, capazes de identificar os tecidos que foram danificados em razão de algum trauma ou acontecimento que a pessoa tenha vivenciado, desde a sua vida gestacional até os mais recentes episódios de sua vida. Técnica também pode ser utilizada no tratamento do refluxo em recém-nascidos
São Miguel do Oeste
(Claudia Weinman) Fisioterapeuta, Débora Martini.A fisioterapeuta
de São Miguel do Oeste, Débora Martini, em entrevista ao Jornal Gazeta, falou
sobre os benefícios de uma técnica criada pelos Franceses Daniel Grosjean e
Patrice Bénini, conhecida no
Brasil: “Microfisioterapia”, a qual chegou ao Brasil há 10 anos, embora
tenha surgido na década de 80. Ela explica que essa técnica funciona a partir de toques sutis feitos pelo
profissional no paciente, capazes de identificar tecidos que foram danificados
em razão de algum trauma ou acontecimento que a pessoa tenha vivenciado, desde
a sua gestação até os mais recentes episódios de sua vida.
Durante a entrevista, Débora fez a
demonstração da técnica. Ela explicou que muitos eventos traumáticos podem
afetar a vida das pessoas e causar algum tipo de patologia, disfunção ou
doença. “O nosso corpo físico funciona semelhante a um sistema de armazenamento
automático de memória, a exemplo de um computador. Tudo o que a pessoa
vivencia, desde a época da concepção até o momento presente, fica armazenado
nos tecidos corporais, e através da Microfisioterapia, dos mapas que foram
criados pelos fisioterapeutas que inventaram essa técnica, podemos localizar os
eventos traumáticos e reprogramar o organismo”.
Segundo
Débora, antes de iniciar uma sessão de Microfisioterapia, o especialista
realiza uma conversa com o paciente para entender suas necessidades e queixas,
as quais, podem ser de natureza emocional, medos, insegurança, ou dores
musculares, má-digestão, cólicas, dores de cabeça, dificuldade para dormir,
etc. “A partir disso, aplicamos a técnica através de toques sobre a pele, onde
verificamos se existe algum tipo de bloqueio. Ao acessarmos o subconsciente da
pessoa, muitas vezes isso ocasiona alguma situação de choro, de risada, porque
o toque permite acessar essas informações e reprogramar o organismo para que
ele não sofra mais com determinada situação que até então estava dificultando a
vida dessa pessoa”.
Duração
das sessões
Débora
disse que a durabilidade de uma sessão é de aproximadamente uma hora, sendo
meia hora utilizada para aplicação da técnica (toques). Dependendo do caso, outras sessões são necessárias,
com intervalos de 45 a 60 dias entre elas. São recomendadas de uma a três
sessões conforme o caso.
A
Microfisioterapia e o refluxo em recém-nascidos
O Fisioterapeuta
Fabio Akiyama, escreveu um artigo onde menciona a eficácia da microfisioterapia
no tratamento do refluxo em recém-nascidos. Segundo ele, “Quando o
recém-nascido tem sono agitado, vômitos constantes, dificuldade para mamar,
irritação, choro excessivo, dificuldade para ganhar peso, inflamação frequente
nos ouvidos, entre outros sintomas, ele pode estar sofrendo de Refluxo Gastro
Esofágico (RGE)”.
Akiyama escreveu
sobre os resultados da técnica. “Em 2003 um estudo realizado na França por
Laurent Calderar, constatou que a microfisioterapia teve resultado positivo no
tratamento do RGE em recém-nascidos, obtendo a melhora total do quadro de 37,5%
dos pacientes. Nesse estudo avaliaram através de questionário e quadro clínico
dos pacientes que apresentavam o RGE, foi realizado apenas um atendimento e o
questionário e avaliação foram aplicados no dia do atendimento e 15 dias após.
Os resultados foram: 50% de melhora em 25% dos casos, 75% em 37,5 dos casos e
100% em 37,5% dos casos. Cerca de 90% dos bebês que são submetidos ao método,
tem uma melhora significativa nas primeiras 72 horas”.
Nesse sentido,
Débora também mencionou que é possível utilizar a microfisioterapia para os
diferentes públicos, desde os recém-nascidos, crianças, adolescentes, adultos,
idosos. “A microfisioterapia é também utilizada como um complemento de algum
outro tratamento que o paciente esteja fazendo, seja com um psicólogo ou outro
profissional. Ela auxilia o corpo a reencontrar sua força natural e retirar os
bloqueios”, finalizou.
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