Estimativa é da Organização Mundial da Saúde
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),
Tedros Ghebreyesus, lembrou hoje (31), Dia Mundial Sem Tabaco, que o fumo mata
pelo menos 8 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Além disso, milhões de
pessoas vivem com câncer de pulmão, tuberculose, asma ou doença pulmonar
crônica causada pelo tabaco.
Ghebreyesus disse que pulmões saudáveis são essenciais para
uma vida saudável e defende que a proteção desses órgãos seja estimulada
“dizendo não ao tabaco.”
Cerca de 3,3 milhões de consumidores e pessoas expostas ao
fumo passivo morreram de doenças relacionadas ao pulmão em 2017 em todo o
mundo, segundo estatísticas da agência, divulgadas hoje.
Em 2019, a campanha de combate ao fumo tem como tema “o
tabaco e a saúde dos pulmões”. A ideia é aumentar a consciência sobre o
impacto negativo do produto na saúde pulmonar, abordando desde o câncer a
doenças respiratórias crônicas.
Nas Américas
Na região das Américas, o tabaco mata uma pessoa a cada 34
segundos segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Escritório
Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, sediados em
Washington (EUA). A estimativa representa quase um milhão de mortes a cada ano
na região. Mais da metade dos casos de câncer de pulmão está relacionado ao
tabaco, assim como quase metade dos casos de doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC).
De acordo com essas instituições, para proteger a saúde, é
necessário intensificar as medidas de controle ao fumo, particularmente aquelas
que garantem espaços públicos e locais de trabalho livres do tabaco, dizem
especialistas da Opas.
A campanha para o Dia Mundial Sem Tabaco deste ano ressalta
como o produto põe em perigo a saúde pulmonar em todo o mundo, bem como a
importância de implementar políticas efetivas para reduzir o consumo do
produto.
“O tabaco é uma ameaça à saúde pulmonar de todos, não
apenas dos fumantes”, disse Anselm Hennis, diretor do Departamento de
Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da Opas. “Cada uma das mortes
relacionadas ao consumo ou exposição ao tabaco é evitável. No entanto, embora o
consumo esteja diminuindo na região, o ritmo de ação para reduzi-lo continua
aquém dos compromissos mundiais e regionais”, acrescentou.
Convenção-Quadro
Para reduzir a ameaça representada pelo tabaco, os países
devem acelerar a implementação das medidas descritas na Convenção-Quadro para o
Controle do Tabaco da OMS, que são reforçadas pela Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
“A aplicação dessas medidas, particularmente aquelas
relacionadas aos espaços livres de tabaco (locais de trabalho fechados, lugares
públicos e transporte público), à adoção de advertências de saúde e à prestação
de serviços para cessação do tabaco são vitais para garantir que as Américas
sejam livres dessa ameaça”, afirmou Rosa Sandoval, assessora regional de
Controle do Tabaco da Opas.
Fumo passivo
Em nível global, dados da OMS destacam que o fumo passivo
mata mais de 60 mil crianças com menos de cinco anos. Aquelas que vivem até a
idade adulta são mais propensas a desenvolver doença pulmonar obstrutiva
crônica em períodos posteriores do seu desenvolvimento.
Qualquer nível de exposição à fumaça do tabaco apresenta
riscos. A melhor maneira de prevenir doenças respiratórias e melhorar a saúde
dos pulmões é evitar o consumo do produto e a exposição ao fumo passivo.
Aos pais e líderes comunitários, a agência da ONU encoraja
que os serviços de saúde alertem as famílias e comunidades, informando-as e
protegendo-as dos danos causados pelo consumo ativo e passivo do tabaco.
Todos os anos, o Dia Mundial Sem Tabaco chama a atenção
sobre os efeitos nocivos e fatais do uso do produto e da exposição ao fumo
passivo, além de desencorajar o uso do tabaco de todas as formas.
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