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Golpe contra golpistas

Última atualização: 2018/03/16 9:52:59

GOLPE CONTRA GOLPISTAS

Se o PMDB soubesse que ia dar nisso a traição que perpetraram contra o PT para juntar-se ao PSDB e penduricalhos, teriam seguido pelo caminho do precipício?

O senador Romero Jucá, de grande nome tornou-se réu no STF, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele anteviu sua desgraça.

No entanto, achou que se salvaria tomando o poder, dentro do PMDB, para conduzi-lo rumo ao golpe. Como escudo, já tinha preparado o programa econômico antinacionalista neoliberal “Ponte para o Futuro”, preparado por seus assessores (ou seriam asseclas) de Washington.

Ao contrário, vê-se que a ponte tem outro rumo: cadeia para ele e outros aliados partidários, o presidente Temer e seus conselheiros dentro do Planalto, o ministro Moreira Franco e Eliseu Padilha.

Os três, alvos da Lavajato, em acusação de corrupção e lavagem de dinheiro, estão na mira da Procuradoria Geral da República e do STF. 

BANCARROTA GERAL

Jucá réu, entrou em bancarrota política. Prestes à bancarrota também está o invasor do Planalto, conduzindo política econômica antipopular que produz 12 milhões de desempregados e 26 milhões de desocupados, segundo o IBGE.

Levou o Brasil ao crescimento insignificante de 1%, ano passado, e apenas 11,5% do PIB em investimentos, insuficientes para colocar a economia nos trilhões e assegurar vitória eleitoral ao PMDB, mantendo-o no poder.

MALABARISMO

Diante do fracasso da reforma da Previdência, Temer tentou o malabarismo político. Jogou cartada decisiva na intervenção militar, mas o tiro saiu pela culatra, pois a intervenção prejudica os interesses do mercado financeiro.

Os poderosos das finanças têm outras propostas, em forma de emendas à Constituição, de cunho antinacionalista e antipopular, que só poderão andar se a intervenção for suspensa, conforme determina Constituição.

Por isso, já se cogita da suspensão da intervenção antes de dezembro, o que seria mais uma barbeiragem deste governo podre. 

CARA DE PALHAÇO, PINTA DE PALHAÇO …

O ministro Meirelles esteve semana passada em Nova York, para anunciar aos credores a suspensão da votação da Reforma da Previdência. O mesmo fez, contrariado, o presidente impostor em evento na Confederação Nacional das Associações Comerciais. 

Em véspera de eleição, voltar ao assunto previdência é caixão e vela preta, do ponto de vista eleitoral. Se longe das eleições, no final do ano passado, não deu certo, imaginem agora, próximo a elas! Seria o fim de Temer e do PMDB, no momento em que sua ficha está suja, sob ataque da Procuradoria Geral da República e do STF. Nos bastidores, a cabeça de Temer já está a prêmio.

Especula-se que será derrubado, para dar lugar ao deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara. Estão armando uma arapuca para o impostor golpista cair, desmontando por completo o seu PMDB, presidido por Jucá, que está no caminho das grades.

ALARMES 

Estão acontecendo fatos envolvendo a operação Lavajato que se concatenam: a queda de Romero Jucá, de Delfim Netto, de Maluf, e as tentativas de ferrar o impostor golpista Temer, o boneco Moreira Franco e o bandido Padilha. De alguma forma, todos foram aliados do presidente Lula, também ameaçado de prisão. 

Tais coincidências teriam pontos de ligação entre a aceleração da queda de Romero Jucá e a resistência da ministra Carmen Lúcia em colocar em pauta o habeas corpus e revisão da sentença de Lula?  

Os titulares do STF atentaram contra a Constituição, validando em 2016 a prisão em segunda instância, confrontando texto constitucional segundo o qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. 

Desejariam ou não consertar o erro, que implicaria na libertação, além de Lula, dos acusados de corrupção na Operação Lavajato?

Estaria ou não em curso destruição de todos aqueles que estiveram ao lado de Lula, como estratégia do maior adversário do PT, o PSDB, que atraiu ao golpe o PMDB, para, agora, derrubá-lo, numa armação republicana que envolve PGR e STF, no contexto da Lavajato?

PLANO B

Qual seria a saída para o PMDB, que virou MDB, para tentar se salvar com a imagem antiga? Eleitoralmente, parece que apenas uma: jogar fora tanto Jucá como seu programa e buscar um candidato viável. 

O que sobrou de reserva moral do partido, é só o senador nacionalista paranaense, Roberto Requião.

Com Requião, sairia de cena o programa neoliberal “Ponte para o futuro”, substituído pela proposta nacionalista “Esperança e Mudança”, elaborado por equipe de economistas comandados por Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES.

Jucá e Temer enterraram o PMDB. Requião é o que restou do partido de Ulisses Guimarães, se desejar continuar no cenário, com alguma chance. A queda espetacular do golpista Jucá tem uma leitura obrigatória: quem com o ferro fere com o ferro será ferido.

DA CABEÇA AOS PÉS

Cá por essas bandas, o “script” não é diferente. O ex PMDB, agora novamente MDB, nada tem a ver com o original. Parece um formigueiro após levar uma enxadada, com formigas correndo para todos os lados. 

Dos ícones partidários, alguns, se acomodaram com carguinhos do governo implodido e outros não sabem se ficam agarrados no saco ou no pescoço de Michel Temer e Romero Jucá. 

Mais próximo, o espólio do PMDB, embora tenha mudado de nome, ao invés de ser repartido com os poderosos, está sendo rifado a qualquer preço, cujos números estão sendo vendidos a troco de bananas aos primeiros oportunistas que aparecerem. Por aqui também teria um Ulysses Guimarães para salvá-lo, se Deus não o tivesse levado!


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