Com calor intenso e grandes focos de incêndio no estado, a capital paulista amanheceu com a pior qualidade do ar entre as metrópoles do mundo pelo quarto dia consecutivo nesta quinta-feira (12)
Fonte: Beatriz Rohde / ND+
Última atualização: 2024/09/13 9:12:48Um enorme redemoinho de fumaça chamou atenção na cidade de Mococa, na região metropolitana de Ribeirão Preto, na quarta-feira (11). Segundo o Climatempo, o fenômeno se formou devido ao calor intenso e aos grandes focos de incêndio no interior paulista.
O redemoinho de fumaça foi avistado em uma propriedade usada para a produção de queijo. O fogo atingiu todo o pasto, mas os animais foram retirados minutos antes.
O estado de São Paulo tem 15 focos ativos de incêndio na manhã desta quinta-feira (12), segundo a Defesa Civil paulista. São 48 municípios em alerta máximo para queimadas, que preocupam os meteorologistas e têm causado fenômenos intrigantes, como o redemoinho de fumaça.
O clima quente e seco favorece a concentração da fumaça na atmosfera e prejudica a qualidade do ar. Nesta quinta-feira, a cidade de São Paulo amanheceu com a pior qualidade do ar entre as metrópoles do mundo pelo quarto dia consecutivo, segundo o ranking do site suíço IQAir.
As imagens do redemoinho de fumaça em Mococa foram registradas por Jacintho Taliberti Neto, na quarta-feira, e divulgadas pelo Climatempo.
Ainda na tarde de quarta-feira, uma meteorologista do Climatempo presenciou “chuva de fuligem” na zona oeste da cidade de São Paulo, no limite com Osasco.
O fenômeno é, na verdade, uma queda de fuligem. Segundo o Climatempo, crianças que brincavam na rua no momento tentaram pegar os floquinhos escuros com a mão.
Imagens captadas por satélites revelam densas plumas de fumaça, que se originam nos focos de incêndio. Além disso, os especialistas alertam que ventos fortes na sexta-feira (13) e no sábado (14) devem favorecer o transporte de mais fumaça.
A mesma chuva misturada com a fuligem da fumaça das queimadas, que atingiu São Paulo, também chegou a diversas cidades do Rio Grande do Sul e do Uruguai, desde a última segunda-feira (9).
Conforme a Epagri/Ciram, a água escura ainda pode atingir Santa Catarina nos próximos dias. O tempo muda no estado a partir desta quinta-feira (12) e a aproximação de uma nova frente fria aumenta a chance de a chuva preta cair na sexta-feira (13).
As chuvas começam isoladas nas regiões catarinenses do Planalto Sul e Litoral Sul e tendem a se expandir durante o fim de semana. A previsão é de que a água caia misturada com as fuligens do “corredor de fumaça” vindo da Amazônia.
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