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Guga virou nº 1 há 20 anos e reabriu caminho para brasileiros no tênis

Tenistas mais bem ranqueados do país na atualidade, Bruno Soares e Marcelo Melo agradeceram ao amigo pela oportunidade dada na carreira

Última atualização: 2020/12/04 9:11:10


Célio Jr/Estadão Conteúdo – 3/12/2000

De Maria Esther Bueno a Gustavo Kuerten, tenistas brasileiros tiveram algum destaque no cenário internacional e, inegavelmente, contribuíram para o esporte por aqui. Mas foi em um 4 de dezembro de 2000, há exatos 20 anos, que Guga reabriu o caminho para os atletas do país. Nessa data, o catarinense se sagrou pela primeira vez número 1 do mundo.

A coroação no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) veio um dia depois do título da então Masters Cup, disputada em Lisboa. Em bom português, Guga estava em casa e escreveu mais uma bonita página em sua história que já tinha dois dos três títulos de Roland Garros (além dos títulos de 1997 e 2000, o tenista ainda viria a ganhar o torneio francês em 2001).

“O Guga foi a pessoa que transformou o tênis. Foi o cara que fez todo mundo acreditar que o nosso sonho era possível”, disse Bruno Soares, hoje número 1 do mundo nas duplas, ao lado do croata Mate Pavic. “Eu fui um desses tenistas que estava dando as primeiras raquetadas e vi o Guga jogar e acreditar que meu sonho também poderia se tornar realidade.

 “Foi marcante. Eu lembro exatamente do momento e como isso nos incentivou a continuar em busca do nosso sonho. Com certeza, a gente deve muito o Guga”, completou Marcelo Melo, atual número 7 das duplas, ao lado do polonês Lukasz Kubot.

Para vencer a Masters Cup, hoje ATP Finals, Guga bateu os norte-americanos Pete Sampras (6/7; 6/3 e 6/4) na semi e Andre Agassi (triplo 6/4) na final — nunca em nenhum torneio alguém venceu as duas lendas do esporte no mesmo torneio. Guga havia perdido a primeira partida para Agassi, mas teve a chance de se recuperar em um torneio que não era em formato eliminatório nas três primeiras rodadas — o brasileiro havia enfrentado ainda o sueco Magnus Norman e o russo Yevgeny Kafelnikov.

Maria Esther, que acompanhou toda a carreira de Guga, foi 18 vezes campeã de Grand Slams (sendo sete individuais e 11 em duplas), entre o final dos anos de 1950 e a década de 1960. Depois dela, apenas Guga voltou a conquistar um dos quatro torneios mais importantes do país.

Célio Jr/Estadão Conteúdo – 3/12/2000

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