Tenistas mais bem ranqueados do país na atualidade, Bruno Soares e Marcelo Melo agradeceram ao amigo pela oportunidade dada na carreira
De Maria Esther Bueno a Gustavo
Kuerten, tenistas brasileiros tiveram algum destaque no cenário internacional
e, inegavelmente, contribuíram para o esporte por aqui. Mas foi em um 4 de
dezembro de 2000, há exatos 20 anos, que Guga reabriu o caminho para os atletas
do país. Nessa data, o catarinense se sagrou pela primeira vez número 1 do
mundo.
A coroação no ranking da ATP
(Associação dos Tenistas Profissionais) veio um dia depois do título da então
Masters Cup, disputada em Lisboa. Em bom português, Guga estava em casa e
escreveu mais uma bonita página em sua história que já tinha dois dos três
títulos de Roland Garros (além dos títulos de 1997 e 2000, o tenista ainda
viria a ganhar o torneio francês em 2001).
“O Guga foi a pessoa que
transformou o tênis. Foi o cara que fez todo mundo acreditar que o nosso sonho
era possível”, disse Bruno Soares, hoje número 1 do mundo nas duplas, ao lado
do croata Mate Pavic. “Eu fui um desses tenistas que estava dando as primeiras
raquetadas e vi o Guga jogar e acreditar que meu sonho também poderia se tornar
realidade.
“Foi marcante. Eu lembro exatamente do momento
e como isso nos incentivou a continuar em busca do nosso sonho. Com certeza, a
gente deve muito o Guga”, completou Marcelo Melo, atual número 7 das duplas, ao
lado do polonês Lukasz Kubot.
Para vencer a Masters Cup, hoje
ATP Finals, Guga bateu os norte-americanos Pete Sampras (6/7; 6/3 e 6/4) na
semi e Andre Agassi (triplo 6/4) na final — nunca em nenhum torneio alguém
venceu as duas lendas do esporte no mesmo torneio. Guga havia perdido a
primeira partida para Agassi, mas teve a chance de se recuperar em um torneio
que não era em formato eliminatório nas três primeiras rodadas — o brasileiro
havia enfrentado ainda o sueco Magnus Norman e o russo Yevgeny Kafelnikov.
Maria Esther, que acompanhou toda
a carreira de Guga, foi 18 vezes campeã de Grand Slams (sendo sete individuais
e 11 em duplas), entre o final dos anos de 1950 e a década de 1960. Depois
dela, apenas Guga voltou a conquistar um dos quatro torneios mais importantes
do país.
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