“Mandamos áudio da família e músicas para ele. Desde o primeiro dia, ele já teve uma reação positiva”, comentou filha de um paciente
A música ganha cada vez mais espaço nos tratamentos médicos.
Ela impacta diretamente nas emoções, no comportamento e na saúde das pessoas.
Pensando nisso, o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt (HRHDS), de Joinville,
trabalha com o projeto de Estimulação Sensorial e Cognitiva para o tratamento e
recuperação de seus pacientes. Para os familiares, a iniciativa é essencial e
traz esperança.
Conforme o psicólogo do HRHDS, Gerson Hermes de Souza, a
estimulação sensorial ou cognitiva apresenta resultados positivos frequentes.
“Quando o paciente está em sedação ou coma de difícil despertar,
precisamos estimulá-lo cognitivamente para que recupere seu estado de
consciência e, com isso, possa ser mais participativo no processo de extubação.
Isso torna o processo menos traumático, pois está sob estímulos que lhe são
familiares”, explica o profissional.
O psicólogo também afirma que para o paciente extubado que
está em isolamento, além do estímulo na parte cognitiva, os recursos são
utilizados com o objetivo de diminuir a ansiedade, com resultados perceptíveis
em curto prazo. “Não só com músicas, utilizamos também gravação de
familiares, realização de videochamadas. Também conversamos com eles, apresentamos
gravações comuns, tudo com o objetivo de auxiliar na recuperação”, cita.
Segundo Michelle Antunes, filha de um paciente, o projeto
foi prioritário no restabelecimento de seu pai. “Mandamos áudio da família e
músicas para ele. Desde o primeiro dia, ele já teve uma reação positiva, de
identificar as vozes e tentar acompanhar a batida da música. No segundo dia,
colocamos uma música cantada pela neta, de 10 anos. No mesmo momento, meu pai
despertou e começou a tentar expressar aos profissionais de saúde quem estava
cantando”, conta.
Além dos bons resultados alcançados com a estimulação,
Michelle ressalta o bom tratamento dado pela equipe hospitalar. “Graças a
Deus meu pai teve um ótimo atendimento, os profissionais que cuidaram dele
foram super atenciosos, dedicados, rápidos e prestativos. Tivemos uma ótima
impressão do hospital, foi um ótimo atendimento e não podemos reclamar de nada,
pois tudo foi feito da melhor maneira. Só temos a agradecer a toda a equipe que
cuidou dele e que estão se colocando em risco nesta pandemia para atender e dar
o seu melhor”, agradece.
Além dos profissionais da Psicologia, a equipe de Terapia
Ocupacional da instituição também participa do trabalho de estimulação e
contato familiar. O setor de órteses e próteses atua em parceria para melhorar
a condição física do paciente acamado.
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