“Giuseppe Miolo, viticultor da região de Vêneto – Padova, veio para o Brasil em 1897 junto com uma leva de imigrantes italianos que se estabeleceram na Serra Gaúcha. Aqui adquiriu um lote de terra de 24 hectares, que trazia em sua escritura o número da parcela denominada Lote 43 da Linha Leopoldina.
O Lote 43 serviu de sustento para a família por várias gerações. Inicialmente cultivado por variedades americanas e híbridas. Na década de 70 teve seu pioneirismo marcado pelo início do cultivo de variedades vitis viníferas trazidas da Europa, destacando-se a variedade Merlot. Com os vinhedos plantados em latadas, o Lote 43 contribuiu para a elaboração dos primeiros vinhos finos brasileiros. A Vinícola Miolo surgiu em 1989 e foi no Lote 43, único lote que a família possuía, onde colhemos as uvas para a primeira produção dos vinhos da Miolo.
Em 1999, a família decidiu prestar uma homenagem ao patriarca Giuseppe Miolo e elaborou seu primeiro vinho ícone com uvas Merlot/Cabernet, que ganhou o nome Miolo Lote 43. Assim, os primeiros dois Lotes 43, safras 1999 e 2002, ainda foram elaborados com vinhedos de latada, plantados na década de 70. Hoje o vinhedo conta com 19 hectares plantados com as variedades Merlot e Cabernet Sauvignon.
O Miolo Lote 43 é elaborado somente em vindimas excepcionais, sempre por meio de um corte de vinho Merlot com vinho Cabernet Sauvignon. Desde 1999, a nossa opção foi explorar o conceito francês do cru, um vinhedo especial de onde surge um vinho ícone e singular.
O Miolo Lote 43 está em sua sétima edição, 2012, que até então só havia sido produzida nos anos de 1999, 2002, 2004, 2005, 2008 e 2011.
O Miolo Lote 43 é um vinho com características próprias para o envelhecimento e possui estrutura suficiente para suportar muitos anos de garrafa. É envelhecido por cerca de um ano em barricas novas de carvalho francês e americano. Depois de engarrafado, permanece durante mais um ano nas caves subterrâneas da vinícola no Vale dos Vinhedos.” Depoimento de Adriano Miolo, neto do fundador e Enólogo Chefe da Vinícola.
Mais do que um vinho, é história, é geografia e retrato da melhor viticultura da Serra Gaúcha.
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