Cantor quis homenagear enfermeira Marlize Marenco e suas colegas, no dia dedicado às profissionais.
Acostumado a agendas cheias e plateias lotadas, o cantor
Luiz Marenco fez uma apresentação, ontem, a um público diferente. Deixou de lado
o isolamento para uma live muito especial na cidade de Santana da Boa Vista,
onde mora.
De máscara e violão, foi até a porta do Hospital Santa
Helena, puxou um banco em frente a porta da entrada e se pôs a cantar uma
serenta para a enfermeira e esposa Marlize e sua colegas, no dia dedicado a
estes profissionais que desempenham um papel tão importante no combate à pandemia.
A música escolhida: “Pra o Meu Consumo”, composta
por ele e pelo poeta Guto Teixeira parece ter sido escrita para este dia.
Assista ao momento de emoção.
Tem coisas que têm seu valor
Avaliado em quilates, em cifras e fins
Em cifras e fins
E outras não têm o apreço
Nem pagam o preço que valem pra mim
Tenho uma velha saudade
Que levo comigo por ser companheira
Por ser companheira
E que aos olhos dos outros
Parecem desgostos, por ser tão caseira
Não deixo as coisas que eu gosto
Perdidas aos olhos de quem procurar
Mas olho o mundo na volta
Achando outra coisa que eu possa gostar
Tenho amigos que o tempo
Por ser indelével, jamais separou
E ao mesmo tempo revejo
As marcas de ausência que ele me deixou
Carrego nas costas meu mundo
E junto umas coisas que me fazem bem
Que me fazem bem
Fazendo da minha janela
Imenso horizonte, como me convém
Das vozes dos outros, eu levo a palavra
Dos sonhos dos outros, eu tiro a razão
Eu tiro a razão
Dos olhos dos outros, eu vejo os meus erros
Das tantas saudades, eu guardo a paixão
Sempre que eu quero, revejo meus dias
E as coisas que eu posso, eu mudo ou arrumo
Mas deixo bem quietas as boas lembranças
Vidinha que é minha, só pra o meu consumo.
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