Home Mãe do ‘Maníaco do Parque’ diz que filho está recuperado; serial killer pode ser solto em 2028

Mãe do ‘Maníaco do Parque’ diz que filho está recuperado; serial killer pode ser solto em 2028

Após se contradizer, mãe do serial killer fala que aceita acolher o filho de volta após a prisão; ‘Maníaco do Parque’ matou 11 mulheres e pode ter liberdade em 2028

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Última atualização: 2024/11/11 4:17:52

Francisco de Assis Pereira, o ‘Maníaco do Parque’, poderá ganhar a liberdade daqui a três anos, mesmo tendo sido condenado a mais de 280 anos de prisão. Em entrevista ao Domingo Espetacular, Maria Helena Pereira, mãe do matador em série, disse que o filho será bem recebido na casa dela.

Após dizer que Francisco não estava pronto para deixar a cadeia, ela recuou. Agora, garante que o filho está recuperado. Helena afirma que não gosta que chamem seu filho de ‘Maníaco do Parque’. “Eu detesto esse nome. Não me pergunte por esse nome que eu não respondo, nunca respondi”, revela.

A mãe do criminoso disse que começou a acompanhar o caso pela televisão, por conta dos crimes ocorrerem próximo de onde moravam, em São Paulo. A série de assassinatos foi no Parque do Estado, em uma área de mata fechada e com difícil acesso.

“Quando deram [o retrato falado] na televisão, respirei fundo e disse: ‘não pode ser. Parece o Francisco’”, relembra. A confirmação aconteceu após a prisão do filho em Itaqui (RS), na fronteira com a Argentina. Ele foi levado para o DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), em São Paulo, onde Helena também foi encaminhada.

Maria Helena desabafou como foi o primeiro encontro com o filho após sua prisão. “Eles [policiais] pediram para eu perguntar se foi ele mesmo quem tinha feito aquilo [os assassinatos] e ele disse que não”, conta. Posteriormente, ele confessou o assassinato à polícia.

Família de ‘Maníaco do Parque’ acredita que ele está recuperado

O irmão mais velho de Francisco afirma que estará sempre por perto após o serial killer deixar a prisão, em 2028. Ele prometeu vigiar cada passo do irmão. “Eu vou ser a sombra dele. Eu conheço ele. Então, quero ver qual atitude ele está fazendo”, afirma Luiz Carlos Pereira, de 58 anos.

Luiz Carlos garante que ficará de olho para ver se o irmão é ou não considerado perigoso para viver novamente em sociedade. “Se for o caso, eu mesmo vou chegar para uma autoridade e falar: ‘ele é perigoso. Não vai dar certo. Ele vai fazer coisa errada”.

Segundo a família, Francisco nunca passou por nenhum tratamento psicológico durante o período na prisão. Para o psiquiatra Isaac Efraim, o ‘Maníaco do Parque’ sofre com Transtorno de Personalidade Antissocial, conhecido como psicopático. “A tendência de diagnósticos como esse é de não ter nenhum tipo de evolução positiva”, explica.

“As chances dele ter piorado o quadro ao longo desses anos, sem ter recebido nenhum tratamento, é muito grande. E tem uma possibilidade  enorme dele cometer novamente os delitos ao sair”, argumenta o psiquiatra forense Thiago Fernando da Silva.

A mãe do ‘Maníaco do Parque’ diz que continua esperando pelo filho. “Eu nunca poderia deixar um filho, com todas as coisas que aconteceram, perambulando pelo mundo. Ele deixou de ser aquela pessoa má. Não vou abandonar ele e nem vou falar mal dele para ninguém”, desabafa.

‘Maníaco do Parque’ pode ganhar liberdade em 3 anos

Condenado a 285 anos, 11 meses e 10 dias, o ‘Maníaco do Parque’ completa 30 anos de prisão em 2028 e será libertado. Na época do julgamento, em 1998, a pena máxima em uma penitenciária no Brasil era de 30 anos de prisão.

O promotor de justiça Edilson Bonfim, que atuou no julgamento de Francisco de Assis Pereira, afirma que a pena de mais de 280 anos foi uma estratégia para manter o criminoso na prisão pelo prazo máximo permitido na época.

“O cálculo para o direito de progressão de regime em crimes comuns é de um sexto da pena. Cumprindo um sexto da pena, o preso tem o direito de ir ao semiaberto e mais um sexto, vai ao regime aberto. Então, com 180 anos, já se passaria os 30 anos que impediria que ele saísse antes desse período”, explica o promotor de Justiça.

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