Mãe e padrasto são condenados a 165 anos de prisão por estuprar filhos no Meio-Oeste de SC

Uma mulher e o companheiro dela foram condenados a 83 e 82 anos de prisão, respectivamente, por estuprar vulneráveis, praticar conjunção carnal na presença de menores de 14 anos, mostrar conteúdo pornográfico a crianças para praticar atos libidinosos com elas e produzir cenas de sexo explícito envolvendo crianças. O caso ocorreu no Meio-Oeste catarinense, e a condenação foi divulgada nesta semana.

As vítimas são dois irmãos, filhos da mulher e enteados do homem. A denúncia foi apresentada pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Capinzal, com base nos crimes ocorridos entre 2019 e 2020.

Na época, segundo os autos, os condenados usaram a “relação de autoridade exercida sobre as crianças menores de 14 anos para submetê-las a práticas ilícitas, mediante ameaças e agressões físicas e verbais”. Os irmãos eram forçados a praticar atos libidinosos, além de ver a mãe e o padrasto tendo relações sexuais.

O casal ainda mostraram filmes pornográficos para as crianças, e ainda forçavam as crianças a manter relações sexuais entre si para filmá-las, dizendo que “estavam ensinando algo importante para a vida”.

— A sentença reflete a gravidade dos atos cometidos e reafirma que não há espaço para a impunidade. O Ministério Público de Santa Catarina continuará atuando com firmeza para garantir que atrocidades como essas não fiquem sem resposta — disse o promotor de Justiça Douglas Dellazari, que considerou os crimes cruéis.

Condenações

Os réus foram condenados por quatro crimes diferentes: estuprar vulneráveis; praticar conjunção carnal na presença de menores de 14 anos; mostrar conteúdo pornográfico a crianças para praticar atos libidinosos com elas; e produzir cenas de sexo explícito envolvendo crianças, agravado pela relação parental com elas. A mulher está foragida e o homem preso preventivamente.

Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100

Denúncias de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelo Disque 100, um serviço gratuito e anônimo disponível 24 horas por dia. É possível ainda procurar o Conselho Tutelar ou a Delegacia de Polícia mais próxima.