Resultado mantém saldo positivo dos últimos três anos
A criação de empregos com carteira assinada teve saldo
positivo em maio, com a criação de 32.140 vagas, informa o Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (27) pelo Ministério da
Economia. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo
positivo em maio foi resultado de 1.347.304 admissões contra 1.315.164 desligamentos
ocorridos no período.
É o terceiro ano seguido em que o mês de maio apresenta
saldo positivo, apesar de uma ligeira queda no volume total de novas vagas na
comparação com o mesmo mês nos anos de 2017 (34,2 mil) e 2018 (33,6 mil).
Para o secretário de Trabalho do Ministério da Economia,
Bruno Dalcolmo, o resultado do mês está em sintonia com o desempenho da
economia, mas ainda abaixo do desejado.
“A geração de emprego está em linha com o que a
economia vem demonstrando, da mesma forma que, nos últimos anos, o crescimento
não foi tão grande quanto se gostaria”, afirma Dalcolmo. Apesar de a
criação de empregos ter diminuído no mês passado, na comparação com anos
anteriores, Dalcolmo não vê tendência de queda. “Não há tendência nem de
subida, nem de descida [na geração de empregos]. Significa uma economia que
está um pouco em compasso de espera, a ser definido por outros pontos
importantes como a reforma da Previdência.”
No acumulado do ano, foram criados mais 351.063 postos de
trabalho, o que elevou para 38,761 milhões o estoque de empregos formais no
país. É o maior estoque desde 2016, quando o Caged registrou 38,783 milhões de
empregados com carteira assinada.
Destaques
O crescimento do número de vagas em maio foi impulsionado
pela agropecuária, setor que registrou, sozinho, a abertura de 37.373 empregos.
O cultivo do café e da laranja responde pela maior parte das contratações,
cerca de 33 mil. Também aparecem com destaque atividades de apoio à agricultura
e a criação de bonivos.
“Esse resultado se explica também, como nos outros anos, pelo bom desempenho de café e laranja. São empregos que têm importância sazonal nesse mês, especialmente em Minas Gerais e em São Paulo”, explica o subsecretário de Políticas Públicas e Relações de Trabalho do Ministério da Economia, Matheus Stivali.
Na construção civil, foram abertos 8.459 empregos,
principalmente em obras de construção de rodovias e ferrovias, projetos para
geração e distribuição de energia elétrica e instalações elétricas. Em seguida,
aparece o setor de serviços, com saldo positivo de 2.533 novas vagas, destaque
para serviços médicos e odontológicos, ensino, comercialização e administração
de imóveis e instituições de crédito e seguros. Administração pública (1.004) e
extração mineral (627) também registraram resultado positivo.
No comércio, tanto varejista quanto atacadista, porém, houve
mais demissões do que contratações, com o fechamento de 11.305 postos de
trabalho. Em seguida, aparece a indústria de transformação, que fechou 6.136
empregos. Segundo Stivali, o resultado no comércio explica -se pelo fechamento
de duas grandes empresas de terceirização em São Paulo, que demitiram um grande
número de empregados.
O salário médio de admissão no mês de maio foi de R$
1.586,17, e o salário médio de quem foi demitido, de R$ 1.745,34 no mesmo
período.
Regiões
No recorte geográfico, quatro das cinco regiões do país
tiveram saldo positivo na geração de empregos, com destaque para o Sudeste, que
respondeu por 29.4 mil empregos, seguido por Centro-Oeste (6.148), Norte
(4.110) e Nordeste (3.319). A exceção foi a Região Sul, que terminou o mês com
o fechamento de 10.935 vagas formais de emprego.
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