Segundo a Administração Municipal, inadimplentes serão notificados e, casos não regularizem o débito, que chega próximo a R$ 1 milhão no total, serão protestados em cartório e inscritos em dívida ativa
São Miguel do Oeste
Um total de 2.041 contribuintes deixaram de pagar os boletos do IPTU 2017 em São Miguel do Oeste. Eles são proprietários de 2.996 imóveis, e estão devendo quase R$ 1 milhão (R$ 924.031,37) ao Município. O relatório foi gerado nesta terça-feira (15), pela diretora da Receita Municipal, Luciane Marion.
Ela explica que junto com os boletos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), é cobrada a taxa de coleta de lixo e a COSIP (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública). Só de IPTU, R$ 563.854,45 deixaram de ser arrecadados. Na coleta de lixo, ficou em aberto o montante de R$ 332,687,16. Na iluminação pública, são mais R$ 27.687,16. No total, São Miguel do Oeste possui 20.519 imóveis cadastrados. Sem contar as isenções, a Prefeitura poderia ter arrecadado R$ 7.187.252,98 se todos os proprietários tivessem cumprido com suas obrigações.
A diretora da Receita Municipal informa que os devedores serão notificados nos próximos dias, para que regularizem sua situação. Caso contrário, terão os débitos protestados em cartório e serão inscritos em dívida ativa.
Luciane Marion lamenta que, mesmo com as facilidades implementadas pela Administração Municipal este ano, com o acesso aos boletos pela internet e diversos postos de impressão gratuita, inclusive, direto nas casas lotéricas no momento do pagamento, alguns contribuintes ainda tenham ficado inadimplentes.
A diretora da Receita Municipal lembra que o Município tem altos custos para manutenção dos serviços públicos, e o IPTU representa uma importante fatia da receita. “Contamos com este dinheiro para pagar nossas contas, assim como em qualquer orçamento familiar ou de uma empresa, e também para custear novos investimentos. Agradecemos à maioria da população, que fez a sua parte, mas lamentamos que nem todos tenham agido desta forma. Tem gente que reclama da coleta de lixo, por exemplo, mas sobrou para a Prefeitura uma conta superior a R$ 330 mil só para esta finalidade”, avalia.
MEDIDAS
Além do registro em cartório e inscrição dos inadimplentes em dívida ativa, outra iniciativa que deve incrementar a receita do Município a partir do próximo ano, sem que seja necessário o aumento de impostos, é a atualização da planta genérica de imóveis. A última atualização foi em 1997, quando entrou em vigor o Código Tributário Municipal. A desatualização faz com que alguns contribuintes que possuem imóvel em área nobre da cidade, paguem menos IPTU do que outros em áreas mais afastadas. E até entre vizinhos, os valores oscilam bastante. Uma comissão criada especificamente para esta finalidade deve concluir o trabalho até o final deste mês de agosto. Antes da atualização ser aplicada, passará por aprovação na Câmara de Vereadores.
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