Daniel se expressa por meio de desenhos com dinossauros, formas e cores vibrantes. Pandemia do novo coronavírus diminuiu receita da casa
O pequeno Daniel, de 7 anos, descobriu cedo como associar
talento com trabalho. Morador da cidade de Esteio, na Região Metropolitana de
Porto Alegre, o menino diagnosticado com autismo ajuda na renda da família com
a venda de canecas estampadas por desenhos de autoria própria.
Entre dinossauros, flores, cores vibrantes e formas, a
imaginação de Daniel se manifesta fazendo com que ele se comunique com o mundo
ao redor.
“O desenho para o Daniel é uma forma dele se expressar,
é uma forma dele se concentrar. Ajuda muito ele, é uma forma dele brincar,
porque ele brinca. Ele está desenhando, ele está brincando, fazendo arte
brincando”, explica Oneida Dias, mãe de Daniel.
Orgulhosos das criações, os pais de Daniel resolveram
estampar os desenhos em canecas e vender entre os familiares. O dinheiro
ajudava na alimentação do menino e também na compra de fraldas. Mas a arte não
ficou só entre os parentes.
“Eu resolvi postar em um grupo de pais de autistas que
é do Brasil todo, tem mais de 100 mil pessoas. Ali foi o boom onde aconteceu
tudo e todo mundo perguntando ‘tá, mas vocês vão vender?'” , lembra o pai,
Caio Dias.
Para poder se dedicar aos cuidados do filho, Oneida passou a
ficar em tempo integral com Daniel. Já o pai é músico e a receita da família
diminuiu muito durante a pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, o resultado das vendas ajudam bastante.
A Arte do Dani está disponível em dois materiais: cerâmica
ou polímero. Os preços variam entre R$20 e R$30.
O dom do menino foi descoberto pelos pais de uma forma
inusitada enquanto ele brincava com o tablet da família.
“Era um programinha que a gente instalou pra ele e que
a gente nem sabia que era de desenho. Era do ‘Ursinhos Carinhosos’ que tinha
uma parte pra desenho. Ele descobriu e começou a desenhar e descobriu como
salvar as fotos”, lembra Caio.
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