País fecha fronteiras e dissolve instituições enquanto clima político volta a se tensionar
JovemPamNews
Última atualização: 2025/11/27 2:30:46Os militares da Guiné-Bissau anunciaram nesta quarta-feira que tomaram o controle integral do país, interromperam o processo eleitoral e determinaram o fechamento imediato das fronteiras. A medida foi comunicada três dias após as eleições gerais, cujos resultados oficiais ainda não haviam sido divulgados, alimentando incertezas em um cenário historicamente sensível.
O Brigadeiro-General Denis N’Canha, porta-voz do Alto Comando Militar, afirmou em pronunciamento que as Forças Armadas decidiram depor o presidente e dissolver temporariamente todas as instituições estatais. A declaração ocorreu após relatos de disparos nas proximidades do palácio presidencial e da presença reforçada de tropas na principal via de acesso ao edifício, movimentos que sinalizaram a escalada da crise institucional.
A Guiné-Bissau, marcada por sucessivas rupturas democráticas desde 1974, volta ao centro do debate geopolítico regional. Aproximadamente um milhão de eleitores participaram do pleito de domingo, realizado sem a presença do principal partido de oposição. Os resultados provisórios eram aguardados para esta quinta-feira, mas a intervenção militar interrompeu o processo antes da divulgação.
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