Casal ficou três anos na fila de adoção e recebeu bebê de 3 meses no dia que saiu do hospital. João da Silva, de 38 anos, chegou em casa com menina, surpreendendo pais com a primeira neta.
Um casal de São João Batista, na Grande Florianópolis, tem dois motivos para comemorar: Após três meses internado com Covid-19, João Paulo da Silva, de 38 anos, teve alta e voltou para casa no mesmo dia que realizou o sonho de ser pai, na última terça-feira (13). Ele e a mulher receberam a filha adotiva de três meses.
“A gente entrou na fila de adoção faz 3 anos, aquela longa espera e nada. E com essa turbulência toda, sofrendo, recebi uma ligação: a Nicole de 3 meses de vida para gente buscar. […] Agora, só agradecendo”, conta Elaine Cristina Jacomini.
O aniversário de 38 anos de João teve de ser comemorado no hospital e ele ainda não consegue falar sobre o que passou, pois se emociona muito. Segundo a mulher, ele tinha o sonho de ser pai.
“Estamos tendo alta, graças a Deus, e a gente vai passar para pegar a Nicole, vai levá-la para casa. Ninguém da família sabe”, disse Elaine no momento da alta do marido, antes de surpreender toda a família com a chegada da bebê.
Surpresa para a família
O pai de João Paulo o recebeu em casa de joelhos, agradecendo pela recuperação do filho. Ele e a mulher não sabiam da chegada da menina. Os dois se emocionaram ao abrir a porta do carro e encontrar a primeira neta.
Um vídeo mostra o momento em que os avós e demais integrantes da família de São João Batista conhecem a menina – veja no vídeo acima.
“Nosso milagre, que é o João Paulo, e a Nicole, que é o nosso segundo milagre”, diz Indiana Borges, que registrou as imagens.
Dias na UTI
Em julho, quando deu entrada no hospital Santa Isabel, em Blumenau, no Vale do Itajaí, João precisava tratar bactérias e fungos no pulmão. Depois, veio a confirmação de Covid-19. Foram 22 dias na unidade de terapia intensiva (UTI), sendo 15 deles sedado.
João Paulo foi se recuperando, chegou a ir para o quarto, mas teve complicações e precisou voltar para a UTI por mais 17 dias.
A mulher tinha notícias do marido por telefone. “Todo dia aquela agonia esperando a ligação. E começamos com oração: a família, amigos rezando para ele. As ligações no começo não eram muito boas, tristes. Mas amanhã será melhor, aquela esperança”, detalha Elaine. Ele deixou o hospital sob os aplausos da equipe da unidade.
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